A cruz ofende porque as pessoas não querem admitir que precisam ser salvas por outrem. "Como assim, eu sou pecador?" Conta-se que uma fina senhora inglesa ofendeu-se quando o pregador tentou convencê-la de que precisava ser salva. Após ouvir a mensagem, disse: "Eu sou uma dama; como se atreve a me chamar de pecador!" Fosse tal senhora uma dama ou não, ela certamente era uma pecadora, e precisava se achegar à cruz para que seus pecados fossem perdoados. O que torna o cristianismo tão escandaloso é a cruz. A maioria da pessoas preferiria pensar que podem fazer para salvar a si mesmas do que admitir que precisam que Cristo as salve. Mas a cruz, escreve F. F. Bruce, "lança por terra toda ideia de realização ou mérito pessoal no que tange a salvação de Deus. Calar-se para receber salvação daquele que foi crucificado, se é este o caso, é uma afronta a todos os conceitos decentes de orgulho próprio e autoajuda - e para muitas pessoas isso permanece sendo a grande pedra de tropeço para o evangelho do Cristo crucificado". (Philip Granham Ryken)
2 Igreja Presbiteriana de Martinópolis
Av. Pe. Jorge Summerer, 440. - Centro, Martinópolis - SP
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
A justificação somente pela fé não é uma doutrina perigosa, que encoraja as pessoas a serem imorais?
A resposta é "Certo que não!" A doutrina da justificação pela fé não promove o pecado porque fé justificadora nos une a Cristo, e, quando estamos em Cristo, nos tornamos pessoas novas. Não somos simplesmente justificados pela fé; Cristo vive em nós. Uma vez que vivemos em Cristo, já não vivemos no pecado. Vivemos em Cristo, por Cristo, e por meio de Cristo para a glória de Deus. A vida cristã é como a vida a morte. Fomos crucificados com Cristo, mortos tanto para a lei quanto para nós mesmos. Mas ainda estamos unidos a Cristo pela fé. Portanto, nossa história não terminou na cruz, mas foi além, até o túmulo vazio. Assim como Jesus foi trazido de volta à vida em sua ressurreição, também nós fomos ressuscitados dentre os mortos. Deus nos deu toda uma nova vida para viver para ele, uma vida de fé que responde ao amor. (Philip Graham Ryken)
Humilhai-vos
Humilhai-vos portanto, sob a poderosa mão de Deus. (1Pe 5.6). Nessa simples frase temos um microcosmo de toda a vida cristã. Obediência significa submeter-se ao braço do Senhor, reconhecendo-o como Senhor e reconhecendo sua autoridade eterna de exigir de nós o que quer que lhe agrade.
Quando fazemos isso, ele nos exaltará no tempo certo. A exaltação virá na hora determinada por Deus. Repetidas vezes as Escrituras nos dizem que Deus determinou a hora em que ele julgará o mundo por meio do seu Filho, a hora em que ele vingará seu povo, a hora em que ele compartilhará a glória de seu Filho com aquele que o aceitaram. (RC Sproul)
Amar nosso próximo
Amar nosso próximo significa tratá-lo com cuidado, gentileza e paciência, como fez o bom samaritano. Esse amor tem muito pouco a ver com sentimentos calorosos e afeto. Podemos amar nosso próximo ativamente sem qualquer afeto pessoal, mas, quando passamos do próximo para o irmão tudo muda. O amor fraternal deve ser fervoroso e praticado com um coração puro. Certa vez, ouvi um pastor de Mississippi dizer: "Nós nos achegamos aos chegados", o que significa que a família é mais importante do que qualquer outra coisa. Nós nos ligamos uns aos outros porque somos família. Devemos ter esse tipo de amor fervoroso não apenas pela nossa família biológica, mas também pela família no Espírito, pelos nossos irmãos e nossas irmãs em Cristo. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35).
Essa impressão que deveríamos transmitir para o mundo que nos observa. As pessoas que não fazem parte da igreja deveriam olhar para os cristãos e perceber que não caluniamos, não criticamos e que protegemos uns aos outros com amor fervoroso, com o amor que vem de um coração puro. (Rc. Sproul)
Sabedoria
Sabedoria é o conhecimento bíblico aplicado a um fim piedoso/santo. A sabedoria normalmente diz respeito a uma coleção de verdades, em lugar de um simples fato. Ela nos ajuda a discernir a perspectiva divina sobre todas as ideias, decisões e práticas. Deus promete nos dar a sabedoria de que precisamos para compreender e aplicar Sua verdade às nossas decisões, mas, para isso, devemos pedi-la com fé ao Senhor e buscar orientação em Sua Palavra. É assim que sabemos o que fazer. Não deveríamos pedir a Deus que nos revele misticamente o que Ele deseja que façamos (Sl 19.7; Tg 1.5; 3.13-18). (Stuart Scott)
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Um marido não destrói a identidade de sua esposa.
Cristo não destrói, mas estabelece a identidade da igreja. Um marido não destrói a identidade de sua esposa, mas, ao contrário, estabelece-a. Em seu respeito por ele, por receber o seu nome, ela lhe permite moldar sua espiritualidade pela instrução cuidadosa e por seu amor, ela se sente mais mulher, com um maior senso de valor. Os dons individuais dela são valorizados. Ela é estimada e honrada.
Nós, mulheres, já ouvimos demais os cochichos venenosos de nossa cultura. Não é demérito "pertencer" a um marido. Não é humilhação receber o seu nome. Não é nenhum assalto à identidade ser "conhecida" como a mulher de um homem. Ele nasceu de uma mulher e reconhece a honra e o valor das mulheres em sua vida, sejam irmãs de sangue e mãe, ou irmãs e mães espirituais. As mulheres cristãs precisam começar a erguer a voz sobre a hora e o privilégio que temos de aceitar a proteção, banho de santidade, a definição de um nome honrado que nosso casamento nos dá. Esses dons graciosos são de Deus como um retrato bem imperfeito da indentidade, do amor, da honra e da proteção que Cristo outorga à sua noiva. (Rebecca Jones)
Fomos feitos para estar com Deus.
Seguros em Cristo.
Pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos poetas de vocês: Também somo descendência dele. (Atos17.28)
Além disso, vocês, que creram em Jesus Cristo, estão seguros em Cristo. Porque Ele vive, vocês também viverão. Quem nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor? Ele disse: "Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão e ninguém as poderá arrancar da minha mão." Agora, há aqueles que dirão que vocês não estão seguros e que é perigoso acreditar que estão. Não deixem que ninguém os engane dessa recompensa. Vocês estão salvos. Se estão crendo nele, Ele os guardará, e vocês podem cantar: "Aquele que é capaz de nos manter de tropeçar e nos apresentar irrepreensíveis diante de sua presença com grande alegria, a Ele seja a glória." Mantenham-se firmes nessa bendita verdade de que vocês estão em Jesus - seguros em Jesus Cristo. (C. H. Spurgeon)
sábado, 9 de agosto de 2025
Precisamos perceber que o coração é o centro da adoração
Nosso coração está sempre se submetendo ao governo de alguma coisa. E só há duas possibilidades: nosso coração funciona sob o controle do Criador ou da criação. Ora, isso é mais útil do que pode parecer à vista. Não é errado desejar prazer, mas se amamos o prazer mais do que amamos a Deus, caminhamos para algo que não é bom. Não é errado ter conforto, mas se nosso coração é mais controlado pelo desejo de conforto do que pelo amor a Deus, caminhamos para algo que não é bom. Veja, o problema não é que nosso coração tem a capacidade de desejar; o problema é o desejo que o governa (até mesmo o desejo por uma coisa boa se torna uma coisa ruim quando esse desejo se torna governante). Quando o prazer sexual exerce mais controle sobre o nosso coração do que a vontade de Deus, nosso coração já ultrapassou os limites imposto por Deus - e nosso corpo seguirá logo atrás. (Paul Tipp)
Deus é o Criador e o controlador de todas as coisas somente ele é digno de nossa adoração
Nossos mundos de sexo e dinheiro são mundos de adoração. Para muitos de nós, adoração é uma palavra traiçoeira. Pensamos em adoração de um modo restrito e formal, mas é importante entender que a adoração é nossa identidade como seres humanos. Fomos projetados para adorar. Isso significa que sempre estamos associando as esperanças, os sonhos, a paz, as motivações, a alegria e a segurança do nosso coração a alguma coisa. Por isso, não adoramos somente no domingo: adoramos, do nosso modo, todos os dias de nossa vida. Um adorador é quem cada um de nós é; adoração é o que cada um de nós faz. Então, de alguma forma o sexo é um ato de adoração. De alguma forma, o modo como gastamos nosso dinheiro é um ato de adoração. Quando pensar em adoração, não pense apenas em uma atividade religiosa no fim de semana; pense em um estilo de vida. (Paul Tripp)
O dinheiro pode mudar o modo como pensamos em nós mesmos
quinta-feira, 3 de julho de 2025
O crente tem que lutar
O novo ser descrito no Novo Testamento, portanto, não é equivalente À perfeição impecável. A novidade de vida do novo ser não é estática, mas dinâmica; necessita de contínuo reavivamento, crescimento e transformação. Um crente profundamente consciente de seus limites não precisa dizer: Não posso me considerar uma nova pessoa, porque eu sou pecador. Ao contrário, ele pode dizer: Sou uma nova pessoa, mas ainda tenho muito que crescer.
O crente tem ainda que lutar contra as tendências do pecado que restam em seu interior. O autor de Hebreus, escrevendo a crentes, coloca assim: "...visto que temos a rodear-nos tão grande número de testemunhas, desembarançando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta" (Hb12.1). (Anthony Hoekema)
Perfeição
Nada pode ser mais importante do que manter o conceito de perfeição no seu máximo... O costume de admitir imperfeição na perfeição - imperfeições morais, chamadas de vacilações, erros e inadvertências - não só baixa o padrão de perfeição e com ele a grandeza de nossas aspirações, como também corrompe nosso coração, amortece nossas discriminações do certo e do errado e trai-nos ao nos deixar satisfeitos com conquistas que estão longe de ser satisfatórias. (Benjamim B. Warfield)
GLORIFICAÇÃO
Glorificação está associada e limitada À volta de Cristo em glória. A vinda visível e gloriosa de Cristo não faz sentido à maioria das pessoas que professam seu nome. Para eles, ela parece ser bem ingênua, em relação às perspectivas mais avançadas e maduras do cristão modernos. Essa atitude é bem semelhante ao que Pedro advertiu a seus leitores: "Nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2Pe 3.3,4). É o mesmo tipo de descrença que alenta dúvidas a respeito do nascimento virginal de nosso Senhor, que nega a expiação substitutiva, que rejeita o pensamento da ressurreição física e corporal de nosso Senhor, que pode ser indiferente à vinda gloriosa de Deus nas nuvens. Essa descrença se torna particularmente mais grave quando escarnece da ideia do retorno físico, corporal e público do Senhor. Se essa convicção e esperança não estiverem no centro de nossa perspectiva de futuro, é porque a principal estrutura de nosso pensamento não possui um caráter cristão. A esperança do crente está centrada na segunda vinda de nosso Salvador, sem pecado, para a salvação (...) Tão indispensável é a vinda do Senhor para a esperança da glória que a glorificação para o crente não tem nenhum significado sem a manifestação da glória de Cristo: a glorificação e glorificação com Cristo. Retire esse último, então, e a glorificação dos crentes será furtada da única coisa que os habilita a olhar para adiante, para esse evento, com confiança, com alegria inexplicável e cheia de glória. (John Murray)
Calvino enfatizou que o que quer que Deus tenha decretado que ainda não tenha sido publicamente revelado por meio dos profetas e apóstolos está além da nossa capacidade de saber. A vontade oculta de Deus é distinguida da sua vontade revelada. Deus não pode ser acusado de pecado, mas nada o pega de surpresa, nunca. Não devemos tentar compreender a providência secreta de Deus, mas atender aos meios que ele forneceu para a nossa salvação (por meio da Palavra e dos sacramentos) e batalhas terrenas (por meio de vocações, amizades e outras dádivas comuns que compartilhamos com descrentes). Se Deus não revelou seus planos secretos na Escritura, não temos como discerni-los. De fato, com frequência a providência de Deus no mundo não é aparente a nós a não ser pela promessas claras na sua Palavra. Assim, como direcionados a procurar a vontade de Deus apenas no que ele revelou "na lei e no evangelho". (Michael Horton)