sábado, 29 de novembro de 2025

Quando os homens caminham com Deus

E creio que quando os homens caminham com Deus e vivem próximos de Deus, eles possivelmente, mesmo sem estar conscientes disso, falam palavras muito pesadas que terão muito mais peso em si do que esses próprios homens podem reconhecer. […] Assim foi com Abraão. Ele falou como um profeta de Deus enquanto, de fato, falava com seu filho na angústia de seu espírito — e em sua declaração profética, encontramos a síntese e a substância do evangelho: “Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho”. O Senhor é o grande provedor e Ele provê a oferta, não apenas para nós, mas para si mesmo, pois o sacrifício era necessário tanto para Deus como para o homem. E é um holocausto, não apenas uma oferta pelo pecado, mas uma oferta de cheiro suave para Ele mesmo. {C. H. Spurgeon, Bíblia de Estudos e Sermões de C. H. Spurgeon}

Embaixador da corte celestial

O cristão é um cidadão do céu e após ser salvo é retido aqui neste mundo com a capacidade de ser uma testemunha. Ele é um peregrino e um estrangeiro, um embaixador da corte celestial. Em sua oração sacerdotal, Cristo não somente disse que os salvos não são deste mundo, como Ele próprio não era deste mundo, mas que Ele os havia enviado ao mundo como o Pai o mandara ao mundo. Eles estão comprometidos com a palavra da reconciliação e eles são aqueles a quem a Grande Comissão foi confiada. Após morrer pelos perdidos, não poderia haver outro desejo ou propósito maior no coração de Cristo do que o de ver o seu Evangelho proclamado para aqueles por quem Ele morreu. O pastor é um líder divinamente designado e um mestre na promoção deste empreendimento. {Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática}

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Ofício sacerdotal de Cristo

 

O tema do ofício sacerdotal de Cristo ocupará a maior parte da Carta aos Hebreus, e é uma mensagem que devemos entender se queremos ser salvos. Jesus realiza o ofício sacerdotal porque oferece o verdadeiro sacrifício que remove o nosso pecado. Sobre isso o anjo já anunciara a José antes do nascimento de Jesus: “e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Sim, Jesus reina em nós pelo seu Espírito, e dirige-se a nós como Profeta através do evangelho. Mas isso é possível porque como Cordeiro de Deus ele entregou a sua vida por nossos pecados, fazendo a purificação por nós na cruz. Então, como verdadeiro e definitivo Sacerdote, foi para os céus apresentar seu próprio sangue a Deus para assegurar nosso pleno, perfeito e definitivo perdão.{Richard D. Phillips, Estudos Bíblicos Expositivos em Hebreus: Como Enfrentar os Desafios e Armadilhas do Mundo Confiando na Supremacia de Cristo}

Precioso Sangue

 No tempo dos filhos de Coré, autores do Salmo 49, havia muitos homens ricos que confiavam nas suas riquezas para fazer o que quisessem. Observe que, no verso 6, o salmista fala dos homens “que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam”. No entanto, o argumento do salmista é: por mais rico que um homem seja, não pode resgatar ninguém das mãos de Deus. O preço de uma alma é elevado demais! Não há esperança de qualquer ser humano poder pagar o preço dela. Spurgeon diz que, “quando a morte chega, a riqueza não pode suborná-la; o inferno se segue, e nenhuma chave de ouro pode destravar as suas masmorras”. A Escritura afirma que, na redenção do pecado, não entra na conta o dinheiro. Por isso, Pedro diz: “… não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue…” (1Pe 1.18,19). Somente o sangue de um Cordeiro imaculado pode resgatar, e esse preço é caríssimo. Somente um Redentor divino-humano pode pagá-lo. {Heber Carlos de Campos, A União das Naturezas do Redentor}

O conhecimento da Palavra de Deus

 


Nenhum substitutivo jamais será encontrado para o conhecimento da Palavra de Deus. Somente essa Palavra trata de coisas eternas e infinitas, e ela somente tem poder para converter a alma e desenvolver uma vida espiritual que venha honrar a Deus. Há um conteúdo espiritual ilimitado; todavia escondido, dentro da Bíblia que contribui muito para o seu caráter sobrenatural. Este conteúdo espiritual nunca é discernido pelo homem natural (ψυχικὸς), ou o homem que não foi regenerado (1 Co 2.14), ainda que ele tenha atingido o mais alto grau de aprendizado ou autoridade eclesiástica. As capacidades naturais da mente humana não funcionam na esfera das coisas espirituais. A mensagem divina é apresentada “não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo cousas espirituais com espirituais” (1 Co 2.13), e o Espírito foi dado aos regenerados para que eles pudessem “conhecer o que por Deus nos foi dado gratuitamente”. {Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática, org. Juan Carlos Martinez, trad. Heber Carlos de Campos, 3a edição, vol. 1 (São Paulo: Hagnos, 2013)}

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A verdadeira religião é algo pessoal.

 


A verdadeira religião é algo pessoal. Cada homem, com um talento ou com dez, será chamado, no grande dia do juízo, a prestar contas de suas próprias responsabilidades, e não das de outros. E, portanto, ele deve viver perante Deus...
(C. H. Spurgeon)

Deus seja louvado em todas as nações!

Devemos considerar a adoração diária, tanto sozinhos quanto com nossas famílias, como a mais necessária de nossas ocupações diárias, o mais delicioso de nossos confortos diários.
(Matthew Henry e Thomas Scott)

A palavra dura suscita a ira.

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Provérbios 15.1)

Este versículo funciona como uma sequência esclarecedora para 14.35. Por um lado, instrui o oficial a desviar o furor do rei com uma resposta branda e, por outro, adverte o rei a não usar palavras pungentes em sua fúria contra a incompetência, a fim de evitar a ira destrutiva (veja 16.14). Esse provérbio antitético implica que o discípulo tem controle emocional para dar uma resposta gentil e branda, não dura e dolorosa, num diálogo cheio de potencial para a manifestação da raiva. O autocontrole é necessário a fim de desviar e não incitar emoções possivelmente danosas e insensatas que destroem as relações sociais. (Bruce K. Waltke)

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Dogmas e Credos

A tendência do pensamento moderno é rejeitar dogmas, credos e todo tipo de limite na religião. Pensar de modo nobre e sábio é não condenar qualquer opinião que apareça, e declarar que os professores mais sérios e inteligentes são fidedignos, não importando o quanto suas opiniões possam ser heterogêneas e mutuamente destrutivas. Tudo, ironicamente, é verdadeiro e nada é falso! Todos estão certos e ninguém está errado! Provavelmente todos serão salvos e ninguém será perdido! (J.C. Ryle)

O amor cristão exige que andemos na verdade (2Jo 2.6) e que não nos tornemos cegos ao erro. Porque eu prego e informo, minha pregação tem que estar apoiada, de uma forma responsável, na Palavra de Deus. E a de todos os pregadores também. (John MacArthut Jr)

Para aqueles de nós que pretendem seguir Jesus Cristo

 

Para aqueles de nós que pretendem seguir Jesus Cristo, a exigência central do Novo Testamento deve dominar sua vida: a proclamação mundial do evangelho. Ele nos diz que Jesus de Nazaré foi o filho de Deus encarnado que morreu na cruz para expiar os pecados do mundo e ressuscitou corporalmente. Essa mensagem deve ser apresentada às pessoas, principalmente porque é verdadeira e não porque funciona, embora os benefícios práticos de conhecer Cristo sejam certamente importantes. Como seguidores do exemplo do Novo Testamento, devemos apresentar o evangelho como uma mensagem racional a ser acreditada, e devemos defendê-la contra objeções. (J. P. Moreland)

Pregar a cruz

 

Pregar a cruz é pregar a salvação somente em Cristo. É pregar que somente sua morte sacrificial é suficiente para expiar o pecado. É pregar a salvação do valor infinito da obra de Cristo, e não de nossas próprias conquistas indignas. Não há nada que possamos fazer para corrigir as coisas com Deus, mas Deus acertou as contas conosco por meio da morte e do sangue de seu Filho. (Philip Graham Ryken)

terça-feira, 26 de agosto de 2025

É sempre errado agir contra a própria consciência.

 

Alguns pecados são objetivos, outros subjetivos. Digamos que um ato seja objetivamente pecaminoso se  perturbar o Shalom e tornar culpado o seu agente. Por outro lado, um ato é subjetivamente pecado se seu agente pensa que esse ato é objetivamente pecado (seja ele ou não) e propositadamente (ou de outra dolosa) o pratica mesmo assim. Dessa forma, mesmo que beber vinho não seja objetivamente pecado, para um abstêmio por motivo de consciência seria errado fazê-lo. Ainda que oferecer-se como voluntário à infantaria em tempo de guerra não seja objetivamente pecaminoso, seria errado, para um pacifista, ser voluntário. A razão, em ambos os casos, é que, desrespeitando a liberdade da própria consciência, a pessoa quebra seu trato com Deus. Fazendo aquilo que julga errado, a pessoa faz aquilo que pensa que ofende a Deus, e a disposição de ofender a Deus é por si mesmo ofensiva. Sobretudo, agir contra a própria consciência embrutece-a e a insensibiliza; na verdade, o abuso repetido contra a própria consciência acaba por matá-la. O pecado subjetivo, portanto, faz com que a pessoa corra o risco do suicídio moral.

Arriscar-se ou realmente cometer suicídio moral é objetivamente pecaminoso. Dessa forma, todo pecador subjetivo é também pecador objetivo - pessoa que, por assim dizer, atira em sua própria consciência. Fazer essa distinção requer um compromisso com um tipo limitado de subjetivismo moral: alguns atos são genuinamente (mesmo se não objetivamente) errados para uma pessoa, mas não para outra, sendo errado por causa do que a pessoa pensa deles. Fazer essa distinção requer também um compromisso com um tipo limitado de absolutismo moral: é sempre errado agir contra a própria consciência. (Cornelius Plantinga Jr)

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

O que estamos fazendo com o evangelho?

 

Estamos vivendo em um país que se diz cristão. Temos a Bíblia em nossas casas. Com frequência, ano após ano, ouvimos a respeito da salvação oferecida através do evangelho. Todavia, já recebemos o evangelho em nossos corações? Temos, realmente, obedecido ao evangelho em nossas vidas diárias? Em suma, temos lançado mão da esperança que nos foi proposta? Temos tomado a nossa cruz e começado a seguir a Jesus Cristo? Se não, estamos em pior situação do que os pagãos, que se prostram diante de ídolos de madeira e de pedra. Estaremos sendo muito mais culpados do que o povo de Sodoma e Gomorra. Eles jamais ouviram o evangelho e por isso nunca o rejeitaram. Quanto a nós, temos ouvido o evangelho, mas não temos lhe dado crédito. Perscrutemos os nossos corações, tomando todo o cuidado para que não venhamos a arruinar as nossas próprias almas! (J. C. Ryle)

Sustenta-me, ó Senhor, e estarei seguro!

Em nossos corações há muito mais iniquidade do que conhecemos. Não existe grau de pecado ao qual não possa descer o maior dos santos, se não for sustentado pela graça de Deus e se ele mesmo não vigiar e orar. Em nossos corações ocultam-se as semente de todas as espécies de iniquidade. Essas sementes precisam apenas de ocasiões convenientes para brotarem com uma danosa vitalidade. "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (1 Co 10.12). A nossa oração diária deve ser: Sustenta-me, ó Senhor, e estarei seguro! (J. C. Ryle)

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Descontentamento

Outro problema grave que se desenvolve a partir de uma vida autocentrada é o descontentamento. As pessoas nunca conseguem obter uma medida suficiente aquilo de que precisam para fazê-las felizes (Ec 5.10). Conforme elas olham à sua volta a pergunta constante é: "E eu?". Se lhe perguntarmos se elas têm ou não o suficiente, respondem: "Não sei. Quanto seria?"

O trabalho não é bom o suficiente, seus filhos não são talentosos o suficiente ou o cônjuge não satisfaz suas necessidades. Tal descontentamento conduz à ira, à autocomiseração e à depressão. Muitas vezes, isso estabelece um círculo vicioso. Uma pessoa se torna irada e deprimida porque não consegue ter aquilo que deseja. Sua depressão se torna desculpa para evitar suas responsabilidades. Isso leva à perda de emprego ou à destruição de relacionamentos importantes gerando mais descontentamento e mais respostas negativas, e assim o ciclo continua.

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