A verdadeira religião é algo pessoal. Cada homem, com um talento ou com dez, será chamado, no grande dia do juízo, a prestar contas de suas próprias responsabilidades, e não das de outros. E, portanto, ele deve viver perante Deus... (C. H. Spurgeon)
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A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Provérbios 15.1)
Este versículo funciona como uma sequência esclarecedora para 14.35. Por um lado, instrui o oficial a desviar o furor do rei com uma resposta branda e, por outro, adverte o rei a não usar palavras pungentes em sua fúria contra a incompetência, a fim de evitar a ira destrutiva (veja 16.14). Esse provérbio antitético implica que o discípulo tem controle emocional para dar uma resposta gentil e branda, não dura e dolorosa, num diálogo cheio de potencial para a manifestação da raiva. O autocontrole é necessário a fim de desviar e não incitar emoções possivelmente danosas e insensatas que destroem as relações sociais. (Bruce K. Waltke)
O amor cristão exige que andemos na verdade (2Jo 2.6) e que não nos tornemos cegos ao erro. Porque eu prego e informo, minha pregação tem que estar apoiada, de uma forma responsável, na Palavra de Deus. E a de todos os pregadores também. (John MacArthut Jr)
Para aqueles de nós que pretendem seguir Jesus Cristo, a exigência central do Novo Testamento deve dominar sua vida: a proclamação mundial do evangelho. Ele nos diz que Jesus de Nazaré foi o filho de Deus encarnado que morreu na cruz para expiar os pecados do mundo e ressuscitou corporalmente. Essa mensagem deve ser apresentada às pessoas, principalmente porque é verdadeira e não porque funciona, embora os benefícios práticos de conhecer Cristo sejam certamente importantes. Como seguidores do exemplo do Novo Testamento, devemos apresentar o evangelho como uma mensagem racional a ser acreditada, e devemos defendê-la contra objeções. (J. P. Moreland)
Pregar a cruz é pregar a salvação somente em Cristo. É pregar que somente sua morte sacrificial é suficiente para expiar o pecado. É pregar a salvação do valor infinito da obra de Cristo, e não de nossas próprias conquistas indignas. Não há nada que possamos fazer para corrigir as coisas com Deus, mas Deus acertou as contas conosco por meio da morte e do sangue de seu Filho. (Philip Graham Ryken)
Arriscar-se ou realmente cometer suicídio moral é objetivamente pecaminoso. Dessa forma, todo pecador subjetivo é também pecador objetivo - pessoa que, por assim dizer, atira em sua própria consciência. Fazer essa distinção requer um compromisso com um tipo limitado de subjetivismo moral: alguns atos são genuinamente (mesmo se não objetivamente) errados para uma pessoa, mas não para outra, sendo errado por causa do que a pessoa pensa deles. Fazer essa distinção requer também um compromisso com um tipo limitado de absolutismo moral: é sempre errado agir contra a própria consciência. (Cornelius Plantinga Jr)
Estamos vivendo em um país que se diz cristão. Temos a Bíblia em nossas casas. Com frequência, ano após ano, ouvimos a respeito da salvação oferecida através do evangelho. Todavia, já recebemos o evangelho em nossos corações? Temos, realmente, obedecido ao evangelho em nossas vidas diárias? Em suma, temos lançado mão da esperança que nos foi proposta? Temos tomado a nossa cruz e começado a seguir a Jesus Cristo? Se não, estamos em pior situação do que os pagãos, que se prostram diante de ídolos de madeira e de pedra. Estaremos sendo muito mais culpados do que o povo de Sodoma e Gomorra. Eles jamais ouviram o evangelho e por isso nunca o rejeitaram. Quanto a nós, temos ouvido o evangelho, mas não temos lhe dado crédito. Perscrutemos os nossos corações, tomando todo o cuidado para que não venhamos a arruinar as nossas próprias almas! (J. C. Ryle)
Em nossos corações há muito mais iniquidade do que conhecemos. Não existe grau de pecado ao qual não possa descer o maior dos santos, se não for sustentado pela graça de Deus e se ele mesmo não vigiar e orar. Em nossos corações ocultam-se as semente de todas as espécies de iniquidade. Essas sementes precisam apenas de ocasiões convenientes para brotarem com uma danosa vitalidade. "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (1 Co 10.12). A nossa oração diária deve ser: Sustenta-me, ó Senhor, e estarei seguro! (J. C. Ryle)
O trabalho não é bom o suficiente, seus filhos não são talentosos o suficiente ou o cônjuge não satisfaz suas necessidades. Tal descontentamento conduz à ira, à autocomiseração e à depressão. Muitas vezes, isso estabelece um círculo vicioso. Uma pessoa se torna irada e deprimida porque não consegue ter aquilo que deseja. Sua depressão se torna desculpa para evitar suas responsabilidades. Isso leva à perda de emprego ou à destruição de relacionamentos importantes gerando mais descontentamento e mais respostas negativas, e assim o ciclo continua.
A cruz ofende porque as pessoas não querem admitir que precisam ser salvas por outrem. "Como assim, eu sou pecador?" Conta-se que uma fina senhora inglesa ofendeu-se quando o pregador tentou convencê-la de que precisava ser salva. Após ouvir a mensagem, disse: "Eu sou uma dama; como se atreve a me chamar de pecador!" Fosse tal senhora uma dama ou não, ela certamente era uma pecadora, e precisava se achegar à cruz para que seus pecados fossem perdoados. O que torna o cristianismo tão escandaloso é a cruz. A maioria da pessoas preferiria pensar que podem fazer para salvar a si mesmas do que admitir que precisam que Cristo as salve. Mas a cruz, escreve F. F. Bruce, "lança por terra toda ideia de realização ou mérito pessoal no que tange a salvação de Deus. Calar-se para receber salvação daquele que foi crucificado, se é este o caso, é uma afronta a todos os conceitos decentes de orgulho próprio e autoajuda - e para muitas pessoas isso permanece sendo a grande pedra de tropeço para o evangelho do Cristo crucificado". (Philip Granham Ryken)
A resposta é "Certo que não!" A doutrina da justificação pela fé não promove o pecado porque fé justificadora nos une a Cristo, e, quando estamos em Cristo, nos tornamos pessoas novas. Não somos simplesmente justificados pela fé; Cristo vive em nós. Uma vez que vivemos em Cristo, já não vivemos no pecado. Vivemos em Cristo, por Cristo, e por meio de Cristo para a glória de Deus. A vida cristã é como a vida a morte. Fomos crucificados com Cristo, mortos tanto para a lei quanto para nós mesmos. Mas ainda estamos unidos a Cristo pela fé. Portanto, nossa história não terminou na cruz, mas foi além, até o túmulo vazio. Assim como Jesus foi trazido de volta à vida em sua ressurreição, também nós fomos ressuscitados dentre os mortos. Deus nos deu toda uma nova vida para viver para ele, uma vida de fé que responde ao amor. (Philip Graham Ryken)
Humilhai-vos portanto, sob a poderosa mão de Deus. (1Pe 5.6). Nessa simples frase temos um microcosmo de toda a vida cristã. Obediência significa submeter-se ao braço do Senhor, reconhecendo-o como Senhor e reconhecendo sua autoridade eterna de exigir de nós o que quer que lhe agrade.
Quando fazemos isso, ele nos exaltará no tempo certo. A exaltação virá na hora determinada por Deus. Repetidas vezes as Escrituras nos dizem que Deus determinou a hora em que ele julgará o mundo por meio do seu Filho, a hora em que ele vingará seu povo, a hora em que ele compartilhará a glória de seu Filho com aquele que o aceitaram. (RC Sproul)
Amar nosso próximo significa tratá-lo com cuidado, gentileza e paciência, como fez o bom samaritano. Esse amor tem muito pouco a ver com sentimentos calorosos e afeto. Podemos amar nosso próximo ativamente sem qualquer afeto pessoal, mas, quando passamos do próximo para o irmão tudo muda. O amor fraternal deve ser fervoroso e praticado com um coração puro. Certa vez, ouvi um pastor de Mississippi dizer: "Nós nos achegamos aos chegados", o que significa que a família é mais importante do que qualquer outra coisa. Nós nos ligamos uns aos outros porque somos família. Devemos ter esse tipo de amor fervoroso não apenas pela nossa família biológica, mas também pela família no Espírito, pelos nossos irmãos e nossas irmãs em Cristo. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35).
Essa impressão que deveríamos transmitir para o mundo que nos observa. As pessoas que não fazem parte da igreja deveriam olhar para os cristãos e perceber que não caluniamos, não criticamos e que protegemos uns aos outros com amor fervoroso, com o amor que vem de um coração puro. (Rc. Sproul)