terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Ser reformado

 


Ser reformado significa um apego irrestrito ao Deus da Palavra que nos instrui e nos capacita a viver para a sua Glória desempenhando o nosso papel na sociedade, seja em que nível for. Significa apresentar o fruto de nosso labor como uma oferenda a Deus que nos criou e nos sustenta. O trabalho é graça e o produto de nosso trabalho deve ser uma expressão de gratidão ao Deus que nos vocaciona e capacita. Em nossa gratidão, prestamos reverentemente culto a Deus que nos chama de onde estamos para desempenhar o trabalho que ele tem para nós. Deste modo, a questão fundamental não é, primariamente, o nosso trabalho, mas sim, a nossa obediência a Deus. O nosso chamado envolve viver a integridade cristã em tudo que fazemos. (Hermisten Maia)

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A regeneração

 A regeneração é uma transformação instantânea. Não é um processo gradual como a santificação progressiva. Como pode ser isso se se trata de uma mudança da morte para a vida espiritual? Pensemos novamente em Efésios 2.5, em que a regeneração é descrita como vivificar os mortos em pecados; o verbo traduzindo por "nos deu vida", synezoopoiensen, está no tempo aoristo, significando ação instantânea ou momentânea. Em Atos 16.14 lemos sobre a conversão de Lídia: "O Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia". O abrir do coração obviamente descreve a regeneração. O verbo usado para "abrir" (dienoixen) está também no tempo aoristo. Ainda que não possamos estar certos de quando a regeneração ocorre, ela tem que ser instantânea, uma vez que não há meio-termo entre morte e vida. (Anthony Hoekema)

Nossas experiências

 


Nossas experiências não servem de fundamento sólido para a nossa fé. Antes, elas devem ser examinadas à luz das Escrituras. A Palavra de Deus é o firme fundamento de nossa fé. A Palavra deve ser a intérprete, norteadora e corretora do que experimentamos. Quando priorizamos a experiência, caímos na armadilha de tonar a Palavra algo secundário e, por isso mesmo, nós temos uma fé frágil, inconstante, sendo movidos ao sabor das nossas paixões e interesses circunstanciais. Alguém pode então indagar: e a experiência não tem valor algum? Claro que sim. A vida cristã é fundamentalmente experimental. (Hermisten Maia) 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Aquele que colocou limites à nossa vida


 Aquele que colocou limites à nossa vida também nos comissionou a cuidar dela, nos forneceu modos e maneiras de preservá-la no deu poder para prever perigos e nos ensinou a aplicar precauções e remédios. Nosso dever, portanto, é claro. Se Deus entregou a nós o cuidado da nossa própria vida, devermos zelar por ela; se fornece meios, devemos usá-los; se nos adverte de antemão dos perigos, não devemos temerariamente correr ao encontro deles; se fornece remédios, não devemos negligenciá-los. (João Calvino)

CIÊNCIA E DEUS

 


Somente um principiante que não sabe nada sobre ciência diria que a ciência descarta a fé. Se você realmente estudar a ciência ela certamente o levará para mais perto de Deus. (James Tour [nanocientista])

O TEMOR A DEUS

 


O temor de Deus é algo essencial à vida cristã. A Palavra nos mostra em diversas passagens como este temor, longe de ser algo que nos afaste de Deus, causando uma ansiedade paralisante, é resultado do conhecimento de Deus, do seu amor, bondade, misericórdia, santidade, justiça e glória. O temor do Senhor é uma relação de graça, por meio da qual podemos conhecer a Deus, relacionarmo-nos com ele, tendo alegria e gratidão por temê-lo. O amor como compromisso, estimula-nos a servir a Deus em alegre obediência. "A graça e o favor de Deus não abolem a solenidade do trato. O nosso santo temor a Deus se manifesta em amor obediente." (Rev. Hermisten Maia)

VIOLÊNCIA

 


A questão da violência praticada pelo homem é bem mais profunda do que a resposta acima ressaltou. A violência pode até em algum grau estar ligada a baixa escolaridade, à péssima condição social e às influências do meio em que se vive, contudo, a raiz não está nessas coisas. 

A razão da violência não está fora do homem, antes, é uma consequência da sua condição de pecador. Isto posto, é necessário esclarecer que nenhum pesquisador encontrará a resposta correta para a causa da violência na humanidade sem que considere com muita atenção o que a Bíblia diz sobre o homem. 

A Bíblia nos ensina que após Adão e Eva pecarem contra o SENHOR comendo do fruto que Ele havia proibido, algo terrível aconteceu. Não somente Adão e sua mulher tornaram-se pecadores como também os seus descendentes. A violência entrou no homem no mesmo instante em que este desobedeceu a Deus.

Somente a pregação do evangelho tal como registrado na Palavra de Deus, pode tocar na verdadeira fonte da violência. O evangelho mostra que o homem passa a ter paz com Deus e aprende a se relacionar com seu próximo de maneira adequada quando ele se entrega completamente ao Senhor Jesus. Cristo pode transformar um coração violento num coração amável e caridoso! Ele fez isso com Saulo de Tarso e pela graça de Deus continua fazendo com várias outras pessoas.

Sob controle do governo


 Assim como na China, em muitos países do Sudeste Asiático os governos monitoravam a vida dos cristãos. Em Mianmar, houve investimento massivo do governo em tecnologia para assegurar a presença e o controle digital por todo o território. Compartilhar uma mensagem com conteúdo da palavra de Deus na internet pode gerar reações de ódio por meio de comentários ou ameaças física. Cristãos de origem budista são alvos principal das agressões e precisam agir em segredo e estar sempre vigilantes. Ko Aung, um parceiro da Portas abertas em Mianmar, enfrentou pressão e riscos tão grandes que se viu obrigado a fugir do país. (Marco Cruz)

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Uma mensagem inerentemente exclusiva


É irônico que tantos que estão demolindo a exclusividade de Cristo, assim fazem porque acreditam que isso é uma barreira à "relevância". Na verdade, o Cristianismo não é relevante de modo algum se ele for apenas um dos muitos caminhos para Deus. A relevância do evangelho tem sido sempre sua exclusividade absoluta, sumariada na verdade que só Cristo faz a expiação pelo pecado e, portanto, só Cristo pode fazer a reconciliação com Deus daqueles que creem somente nele.

A igreja primitiva pregou a Cristo crucificado, sabendo que a mensagem era uma pedra de tropeço para os judeus religiosos e loucura para os gregos filósofos (1Co 1.23). Nós precisamos recuperar essa ousadia apostólica. Nós precisamos lembrar que pecadores não são ganhos através de revelações públicas bem engendradas, mas o evangelho - uma mensagem inerentemente exclusiva - é o poder de Deus para salvação. (John MacArthur, Jr)

sexta-feira, 28 de julho de 2023

A amizade do mundo é inimiga de Deus

 


A busca pela aprovação do mundo é nada mais, nada menos que adultério espiritual. Na verdade, isto é precisamente a imagem que o apóstolo Tiago usou para descrevê-la. Ele escreveu, "Infiéis [NKJV: "adúlteros e adúlteras"], não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).

Existe e sempre existiu uma incompatibilidade fundamental, irreconciliável entre a igreja e o mundo. O pensamento cristão é totalmente desarmônico com todas as filosofias da história. A fé genuína em Cristo implica numa negação de todo valor mundano. A verdade bíblica contradiz todas as religiões do mundo. O próprio Cristianismo é, portanto, virtualmente contrário a tudo o que este mundo admira.

Jesus disse a seus discípulos, "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos ideia" (Jo 15.18,19) 

John MacAthur, Jr

quinta-feira, 27 de julho de 2023

31 de Outubro de 1517


Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou suas 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Nelas, condenava os abusos do sistema das indulgências e desafiava a todos para um debate sobre o assunto. Uma leitura das 95 Teses revela que Lutero estava apenas criticando os abusos do sistema das indulgências, na intenção de reformá-lo. Entretanto, entre 1518 e 1521, ele foi forçado a admitir a separação do romanismo como a única alternativa para se chegar a uma reforma que significasse uma volta ao ideal da Igreja revelado nas Escrituras. A tradução para o alemão e a impressão das Teses divulgaram rapidamente as ideias de Lutero. (Earle E. Cairns)

A estrada para a vida é a morte


 "Se morremos com ele, também com ele viveremos: se perseveramos, também com ele reinaremos" 

A morte com Cristo aqui mencionada refere-se, de acordo com o contexto, não à nossa morte para o pecado através da união com Cristo em sua morte, mas sim à nossa morte para nós mesmos e para a nossa segurança, ao tomarmos a cruz e seguirmos a Cristo. A morte para o "eu" é descrita por Paulo em Romanos 6:3 ("Ou porventura ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?"); a outra morte ele a expressa tanto em 1 Coríntios 15:31 ("cada dia morro") como em 2 Coríntios 4.10 ("levando sempre em nosso corpo"). Parece que este é o sentido do hino, partindo do fato de que "morrer com Cristo" e "perseverar" são expressões paralelas.

Assim a vida cristã é representada como sendo uma vida de morte, uma vida de perseverança. Somente teremos parte na vida de Cristo no céu se, anteriormente, tivermos participado de sua morte na terra. Somente se compartilharmos do seu sofrimento compartilharemos do seu reino no porvir. Sim, a estrada para a vida é a morte, e a estrada para a glória é o sofrimento. (John R. W. Stott)

Não é algo que se possa encarar levianamente

 


Se você estivesse procurando um carro para comprar, seria adequado abrir o jornal nos classificados de automóveis, fechar seus olhos, colocar seu dedo aleatoriamente na página, e então comprar aquele carro? Melhoraria a situação se orasse e pedisse a Deus para ajudá-lo a colocar o dedo no anúncio certo? Ou a cena inteira parece um pouco ridícula? O Senhor quer que usemos nossa sabedoria, seja comprando um carro, selecionando um lugar para morar, escolhendo uma faculdade para cursar, ou procurando a pessoa certa para casar.

Algumas decisões na vida podem ser resolvidas jogando uma moeda - como tentar escolher se você vai ter frango ou bife no almoço. Mas a maioria das outras escolhas exigem mais de nosso cérebro. A escolha de um cônjuge, por exemplo, exige bastante pensamento, muita oração, e muita dependência de Deus por Sua direção. Afinal de contas, é uma decisão que vai afetar você (e seu cônjuge) pelo resto de sua vida. Não é algo que se possa encarar levianamente. 

(David Egner, Gary Inrig, Kurt DeHaan, Tim Jackson, Willian E. Crowder)

terça-feira, 25 de julho de 2023

Porque eu o amo

 


Um dia antes de meu marido voltar para casa de uma viagem de negócios, meu filho disse: "Mamãe! Eu quero que o papai volte para casa". Perguntei-lhe por que, esperando que ele dissesse algo sobre os presentes que seu pai costumava trazer ao voltar, ou que estivesse com saudade de jogar bola com ele. Mas com sole seriedade, ele respondeu: "Eu quero que ele volte porque eu o amo!"

Sua resposta me fez pensar sobre o nosso Senhor e Sua promessa de voltar. "...Venho sem demora...", diz Jessus (Ap 22.20). Anseio por Seu retorno, mas por que quero que Ele volte? Será porque estarei em Sua presença, longe de doença e morte? Será porque estou cansado de viver em um mundo difícil? Ou porque você o amou boa parte de sua vida, Ele compartilhou suas lágrimas e seu riso, quando Ele foi mais real do que qualquer outra pessoa que você deseja estar com Ele para sempre?

Fico contente por meu filho sentir falta de seu pai quando ele está longe. Seria terrível se ele não se importasse sobre o seu retorno ou se achasse que isso interferiria nos seus planos. Como nos sentimos quanto ao retorno do nosso Senhor? Ansiemos por esse dia apaixonadamente e digamos com fervor: "Senhor, volte! Nós o amamos." (Pão Diário)

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Extrema Unção


A cura dos enfermos foi um dom que nosso Senhor concedeu aos apóstolos, e que cessou com a morte deles. Depois de ele haver cessado, alguns hereges conservaram o uso da unção, imitando, provavelmente, o costume referido por Tiago 5.14. Aqueles que acabavam de se banhar, assim como os atletas ao entrarem na arena, eram ungidos com óleo. Os cristãos, imitando esses costumes, untavam com óleo os que eram batizados, visto haverem sidos purificados e estarem preparados para lutar contra o mundo. Essa unção não fazia, todavia, parte do sacramento. Os hereges valentianos arrogaram-se o dom dos apóstolos, e ungiram seus moribundos com óleo. Essa unção, que era acompanhada de orações, contribuía, segundo eles, para a salvação da alma e não para a cura do corpo. Semelhante superstição não fez prosélitos senão nessa seita herética. Inocêncio I, em sua carta a Decênio, bispo de Eugúbio, refere-se ao costume de ungir os enfermos com óleo, o que, segundo ele, deveria ser feito, não só pelo sacerdote, como por todos os fiéis, vendo-se por aqui que ainda não era abertamente considerado como sacramento. O costume generalizou-se depois, e nesse ano, isto é, em 528, Félix IV, bispo de Roma, juntou-o a outras cerimônias cristãs e instituiu o rito da extrema unção, declarando que todos aqueles que estivessem in extremis deviam ser ungidos. As cerimônias foram, com o decorrer do tempo, crescendo em numero, e por fim, passados muitos anos, a extrema unção entrou na categoria de sacramento. A origem desse pretenso sacramento tem de ser, de certo modo, procurada no paganismo. (Carlos H. Collette)
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