terça-feira, 17 de abril de 2018

Vida Provada por Amor (Esboço de C. H. Spurgeon)

"Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amos os irmãos; aquele que não ama, permanece na morte" (1João 3.14)

I. SABEMOS QUE ESTÁVAMOS MORTOS
1. Não tínhamos sentimentos, quando a lei e o evangelho se dirigiam a nós.
2. Não tínhamos fome e sede de justiça.
3. Não tínhamos força de movimento, rumo a Deus, em arrependimento.
4. Não tínhamos a respiração da oração ou o pulso do desejo.

II. SABEMOS QUE PASSAMOS POR UMA MUDANÇA SINGULAR
1. O inverso da mudança natural da vida para a morte.
2. Não é mais fácil de descrever do que a transformação que a própria morte produz.
3. Essa mudança varia em cada caso, quanto a seus fenômenos exteriores, mas é essencialmente a mesma em todos.
4. Como regra geral, seu curso é com segue:
Começa com sensações dolorosas.
Leva a uma triste descoberta de nossa fraqueza natural.
Manifesta-se pela fé pessoal em Jesus.
Opera no homem, mediante arrependimento e purificação.
Completa-se em júbilo, infinito e eterno.
5. O período dessa transformação é uma era para ser lembrada no tempo e pela eternidade, com grato louvor.

III. SABEMOS QUE VIVEMOS
1. Sabemos que a fé nos deu novos sentidos, compreendendo um novo mundo, desfrutando um reino de coisas espirituais.
2. Sabemos que temos novas esperanças, temores, desejos, deleites e assim por diante.
3. Sabemos que temos novas necessidades, tais como respiração, alimento, instrução, correção celestial e assim por diante.

IV. SABEMOS QUE VIVEMOS, PORQUE AMAMOS. "PORQUE AMAMOS OS IRMÃOS".
1. Nós amamos a eles, por amor a Cristo.
2. Nós amamos a eles, por amor à verdade.
3 Nós amamos a eles, por causa deles mesmos.
4. Nós amamos a eles, porque o mundo os odeia.
5. Amamos a companhia deles, seu exemplo e suas exortações.
6. Nós os amamos, apesar dos entraves da enfermidade, inferioridade...

Assim como no evangelho ele resgata a palavra logos dos usos anticristãos; assim, nesta espístola, ele resgata a palavra logos dos usos anticristãos; assim, nesta epístola, ele resgata a palavra "saber" e em mira fazer que seus "filhinhos" sejam gnósticos no sentido divino. O conhecimento é excelente, mas o caminho que conduz a ele não é pela especulação intelectual, conquanto aguda e sutil, mas pela fé em Jesus Cristo e sujeição a ele, de acordo com aquelas palavras bem joaninas, no evangelho de Mateus: "Ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o filho o quiser revelar" (Dr. Culross).

O mundo sempre gosta de crer que é impossível saber que somos convertidos. Se perguntarem aos do mundo, eles dirão: "Não tenho certeza; não posso dizer", mas a Bíblia inteira declara que podemos receber o perdão dos pecados, e sabemos que já temos recebidos (R. M. McCheyne).

Nós primeiros tempos do cristianismo, quando ele triunfou sobre o antigo paganismo do mundo romano, ele fundou uma nova sociedade, ligada por esse santo e mútuo amor. As catacumbas de Roma dão notável testemunho dessa graciosa fraternidade. Ali estavam os corpos de membros da mais alta aristocracia romana, alguns até da família dos Césares, lado a lado com os restos de escravos e tralhadores obscuros.

E no caso dos mais antigos túmulos, as inscrições não fazem alusão alguma à posição que ocupava na sociedade aquele que estava ali sepultado; não se preocupavam se havia sido um cônsul ou um escravo, um tribuno da legião ou um soldado raso, um patrício ou um artesão. Bastava-lhes saber que tinha sido um crente em Cristo, um homem temente a Deus. Não cuidavam de perpetuar na morte as vãs distinções do mundo; eles haviam aprendido o glorioso ensino do Senhor: "Um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos" (E. De Pressense). 

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