quinta-feira, 8 de março de 2018

Por que Deus nos ama tanto?

Essa é uma das perguntas mais difíceis de responder se pensarmos nela sob a perspectiva de Deus. Aqui estamos nós, suas criaturas, que fomos feitas à sua imagem com a responsabilidade de espelhar e refletir sua glória e sua retidão para todo o mundo. Nós o desobedecemos vezes sem conta, em todos os lugares e de todas as maneiras. Ao fazer isso, representamos mal o seu caráter diante de todo o universo. A Bíblia diz que a própria natureza geme esperando o dia da redenção da humanidade, porque a natureza sofre com nossa iniquidade (Rm 8.22). Quando pensamos em como temos sido desobedientes e hostis para com Deus, nós nos perguntamos o que teria feito com que ele nos amasse tanto. Em Romanos 5.7, quando Paulo está abismado com o amor de Cristo manifestado em sua morte, ele diz: “Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Esse é o tipo de amor que transcende a tudo que temos experimentado nesse mundo. Creio que a única coisa que posso concluir é que amar é próprio da natureza de Deus. Amar é parte do seu caráter intrínseco e eterno. O Novo Testamento nos diz que Deus é amor (...) Mas quando a Bíblia diz que Deus é amor, essa afirmação não é o que chamamos de afirmação analítica na qual se pode trocar o sujeito e o predicado e dizer que, portanto, o amor é Deus. Não é isso que a Bíblia quer dizer. Ao contrário, o que a forma da expressão hebraica quer dizer é que Deus ama tanto e que seu amor é tão consistente, tão intenso, tão profundo, tão transcendente e uma parte tão integral de seu caráter que, para poder expressar da maneira mais absoluta possível, dizemos que ele é amor. Isto é, simplesmente afirmamos que Deus é o padrão máximo e definitivo de amor.
R. C. Sproul - Boa Pergunta, p. 8-9

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