Mas se o homem e a mulher se completam física, psíquica e afetivamente, constituindo
assim a vida social - o que de fato está longe de ser isso irrelevante - ambos têm uma matriz metafísica, transcendente: ambos procedem de Deus para viverem
com e para Deus. Por isso, a questão que permanece na tela das atenções do
homem, ainda que costumeiramente ele não saiba defini-la, é o seu encontro com
Deus. Pela perda da dimensão do eterno o homem trilha por atalhos que, quando
muito, servem como paliativos para as suas angústias, mas, que ao final, aumentam
ainda mais a sua dor e desilusão. Assim, o homem procura alento na filosofia, na arte,
na filantropia, na religião, na diversão, no consumo, no sexo, no trabalho e nas
drogas. Ainda que algumas dessas fugas possam ser úteis intelectual e socialmente,
elas, por si só não resolvem a questão fundamental do ser humano: "Com que
me apresentarei ao Senhor?" (Mq 6.6).
Hermisten Pereira da Costa (Igreja Reformada e os Desafios
Teológicos e Litúrgicos na Pós Modernidade)
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