A humanidade, a imagem de Deus, é
vice-regente dele, seu servo
capacitado para reinar em nome dele sobre toda a
criação. Da mesma forma que essa criação – em sua totalidade, tanto animada
como inanimada – é posta sob a hegemonia do Senhor mediada por intermédio da
raça humana. A criação, com tal, deve ser usada, mas não explorada, trabalhada,
mas não exaurida.
O domínio do governo de Deus não
tem limite espacial – os céus a terra – mas o Antigo Testamento vê a terra como
o lugar espacial no qual ele demonstra sua glória e graça. Aqui, o Altíssimo
dignou-se em vir entre seu povo de forma única, e a humanidade, aqui, devia ser
fértil e multiplicar-se e “enche[r] e subjug[ar] a terra”. O solo de teste foi
o jardim, um pedaço do Reino que devia ser trabalhado e supervisionado até que
todo o mundo pudesse ser administrado. Mas esse domínio foi confiscado por
causa Queda para que, agora o homem reinasse apenas com trabalho árduo e muita
luta. Todavia, Deus não abdicou de seu trono. Ele ainda reina e por intermédio
daqueles feitos à imagem do Senhor, mas o lugar sagrado de comunhão especial
não é mais o jardim, mas qualquer lugar em que ele manifeste sua presença, seja
no altar, seja no santuário, seja no tabernáculo, seja no templo.
(Eugene H
Merrill – Teologia do Antigo Testamento, p 289.)
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