Está escrito que Jesus “começou a sentir-se tomado
de pavor e de angústia”. Em seguida, Ele disse aos seus discípulos: “A minha
alma está profundamente triste até à morte”. Também lemos que “prostrou-se em
terra; e orava para que se possível, lhe fosse poupada aquela hora”.
Só existe uma explicação razoável para essas
declarações. Não foi o mero temor dos sofrimentos físicos da morte que arrancou
de seus lábios aquelas expressões. Foi o senso da enorme carga da culpa humana,
a qual naquele momento, começava a exercer pressão sobre Ele, de maneira
peculiar. Foi o senso de um indizível peso, o peso de nossos pecados e
transgressões, que naquela ocasião, estava sendo lançado sobre Ele de maneira
toda especial. Ele sendo feito “maldição em nosso lugar”. Ele começava a levar
sobre Si as nossas tristezas e nossas dores, de acordo com a aliança que Ele
viera cumprir neste mundo. Aquele que não conheceu pecado estava sendo feito “pecado
por nós” (2 Co 5.21). A sua natureza santa sentia fortemente a hedionda carga
que estava sendo posta sobre Si.
RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de Marcos. São José dos Campos:
Editora Fiel, 1994, p.188.
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