Precisamos deixar que as Escrituras repreendam e
corrijam o espírito de nossa época, e nunca vice-versa. Infelizmente, hoje, a
igreja está repleta de pessoas que resolveram que discernimento bíblico, os
limites doutrinários e a autoridade de verdade divinamente revelada são
relíquias inúteis de uma era ultrapassada. Estão cansadas de batalhar pela
verdade e, com efeito, já cessaram, unilateralmente, a resistência. Conforme
notamos desde o início, os cristãos de nossos dias parecem mais preocupados com
os que creem que ainda vale a pena lutar na guerra pela verdade do que com os
perigos da falsa doutrina. A queixa deles tornou-se refrão familiar: “Porque
você não pega mais leve? Porque não diminui a campanha para refutar as
doutrinas com as quais você não concorda? Porque você critica constantemente
aquilo que os outros cristãos estão ensinando? Afinal de contas, todos cremos
no mesmo Jesus”.
Mas as Escrituras nos advertem, com clareza e
reiteradas vezes, que nem todos aqueles que declaram crer em Jesus realmente creem
nEle. O próprio Jesus disse que muitos alegariam conhece-lo, sem realmente
conhece-Lo (Mt 7.22-23). Satanás e seus ministros sempre se disfarçaram de
ministros de justiça (2 Co 11.15). Não ignoramos as artimanhas e os ardis de
Satanás (2 Co 2.11). Afinal, essa tem sido a estratégia dele, desde o início.
Portanto, é o cúmulo da tolice (e da desobediência)
quando os cristãos desta geração resolvem, de repente, que, em nome do “amor”,
devemos deixar de lado toda ideia aberrante a respeito do evangelho e abraçar,
incondicionalmente, todo aquele que alegue ser cristão. Fazer isso é o mesmo
que entregar ao inimigo toda a batalha pela verdade.
Devemos continuar lutando.
MACARTHUR John. A
guerra pela verdade: lutando por certeza numa época de engano. São José dos
Campos: Editora Fiel, p.129-130
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