quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Esboço Bíblico de C. H. Spurgeon

Os Repudiados 
“Nem todo o que me diz” (Mt 7.21-23) 

Uma das melhores provas de que qualquer coisa é como ela aparecerá no momento da morte, na manhã da ressurreição, e no dia do juízo. Nosso Senhor nos apresenta um quadro das pessoas como aparecerão “naquele dia”. 

 I. ELAS FORAM MUITO RELIGIOSAS 
1. Fizeram pública confissão. Disseram: “Senhor, Senhor”. 
2. Empreenderam serviço cristão, e serviço de alta classe. 
3. Obtiveram notável êxito. 
4. Foram notórias por sua energia prática. 
5. Foram diligentemente ortodoxas. Fizeram tudo em nome de Cristo. As palavras “teu nome” são mencionadas por três vezes. 

 II. CONSERVARAM-SE ASSIM POR LONGO TEMPO 
1. Não foram silenciadas pelos homens. 
2. Não foram rejeitadas publicamente pelo próprio Senhor, durante a vida. 
3. Esperavam entrar no Reino, e apegaram-se a essa falsa esperança, até o fim. Ousaram dizer “Senhor, Senhor”, ao próprio Cristo, no final. 

 III. ESTAVAM FATALMENTE ENGANADAS 
1. Profetizaram, mas não oraram. 
2. Expeliram demônios, mas diabo não foi expelido da vida deles. 
3. Deram atenção aos prodígios, mas não aos fatos essenciais. 
4. Operaram maravilhas, mas também foram praticantes de iniquidade. 

 IV. DESCOBRIRAM ESSE FATO DE MODO TERRÍVEL 
1. A solenidade do que ele disse: “Nunca vos conheci”. Ele havia sido omitido na religião deles. Que omissão! 
2. O terro que isso implicava: deveriam aparta-se de todas esperança, e continuar apartados para sempre. 
3. A terrível verdade do que ele disse. Elas eram completamente estranhas ao seu coração. Não as havia escolhido, nem comungado com elas, nem as havia aprovado, nem cuidara delas. 
4. A solene firmeza d que ele disse. Sua sentença nunca seria revogada, alterada ou findada. Ela permanece: “Aparta-te de mim”. Vemos Deus em muitas obras simples, mais obras maravilhosas.

O fariseu, à porta do céu, diz: “Senhor, fiz muitas obras maravilhosas em Teu nome”. Mas, será que alguma vez ele fez maravilhoso o Nome do Senhor? (T. T. Lynch). 

 Eu os conheci muito bem por “ovelhas negras”, ou, melhor, por bodes réprobos. Eu os conheci como mercenários e hipócritas, mas nunca os conheci com um conhecimento especial de amor, deleite e complacência. Nunca reconheci, aprovei e aceitei sua pessoa e seu desempenho (ver Sl 1.6 e Rm 11,2) (John Trapp). 

 Não se diz “Outrora os conheci, mas não posso admiti-los agora”; mas “Nunca vos conheci – como verdadeiros arrependidos, suplicante de perdão, crentes humildes, seguidores autênticos” (E. R. Conder). 

 Note a franca confissão de nosso Senhor perante homens e anjos e, seu respeito; sei que professaram grandes coisas; mas não se familiarizaram comigo; e o que quer que conheçam a meu respeito, vocês não me conhecem. Eu não era da sua companhia, e não os conheci. Se eles os tivesse conhecido, não os teria esquecido. Aqueles que aceitam seu convite, “Vinde a mim, nunca ouvirão dizer: Apartai-vos de mim” (C. H. S) 

Apartai-vos de mim – uma sentença temível, uma terrível separação. “De mim”, disse Cristo, que me fiz homem por amor a vós, que ofereci meu sangue para vossa redenção. “De mim”, que vos convidei à misericórdia, e não quisestes aceita-la. “De mim”, eu comprei um reino de glória para os que crescem em mim, e havia decidido honrar suas cabeças com coroas de alegria eterna. “Apartai-vos de mim”: de minha amizade, de meu companheirismo, de meu paraíso, de minha presença, de meu céu (Thomas Adams).

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