segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Uma crítica ao dispensacionalismo


            Nossa crítica ao dispensacionalismo baseia-se nos seguintes pontos:
(1)                                 A interpretação literal e rígida demais dos dispensacionalistas - O premilenismo dispensacinalista interpreta as profecias do Antigo Testamento de maneira muito literal. O enfoque interpretativo dispensacinalista peca por excessiva literalidade.[1] Esse excesso de literalidade, torna o premilenismo contraditório, visto que os premilenistas imaginam que os eventos do cap. 19 de Apocalipse deve precedem cronologicamente os eventos do cap. 20. Isto envolve dificuldades intransponíveis, pois Apocalipse 19.15-21 mostra que as nações são destruídas por Cristo, então como Cristo poderia governar sobre as nações no cap. 20?[2]  
            Em seu artigo “Dispensacionalismo e suas implicações doutrinarias”, João Alves combate a forma de interpretação dispensacionalista das profecias afirmando que: “Não há aquilo que, a priori, possa ser chamado de “literalismo rígido”. O que encontramos é o princípio de que “a Escritura interpreta a Escritura”, seja literal, tipológica ou analogicamente.”[3] 

(2)             O milênio terreno não é teologicamente necessário - Um milênio terreno é teologicamente supérfluo, pois não há razão para haver um reinado de Cristo terreno.[4] Além disso o único texto bíblico que o premilenismo dispensacionalista tem para usar como base para o milênio é o texto de Apocalipse 20. Este texto é de difícil interpretação, então devemos interpreta-lo a luz de textos mais claros, sendo assim é um erro fazer com que os textos mais claros sejam amoldados a Apocalipse 20.[5]  Não podemos deixar de falar também que “... a Bíblia não dá lugar algum a um reino limitado milenial depois da Segunda Vinda de Cristo. Tal coisa é uma Impossibilidade Bíblica! Levando em conta todos os acontecimentos que têm lugar junto com a vinda de Cristo, é impossível acomodar (forçar) um reino de mil anos com seu centro em Israel terrestre...”[6]

(3)             Jesus reinará de uma Jerusalém terrena por mil anos - Baseado em João 18.36 pode-se objetar contra a posição premilenista dispensacionalista que acabamos de mencionar porque nesta passagem Jesus declara que o seu reino não é deste mundo.[7] “A Bíblia não ensina que devemos esperar e ansiar por um tempo quando Cristo governará de uma Jerusalém terrena; antes, afirma que Cristo já é rei e que já governa do céu.”[8] Outro ponto que depõe contra a posição dispensacionalista é o fato do livro de Apocalipse ser cheio de números simbólicos, então o número mil que é mencionado em Apocalipse 20 não deve ser interpretado de modo estritamente literal.[9]

(4)             O dispensacionalismo não faz juz inteiramente à unidade básica da revelação bíblica[10]Quando ensinam que existem sete na história bíblica e pós-bíblica, nas quais Deus vem provando a humanidade de maneiras distintas.[11] O dispensacionalismo, quer em suas formas moderadas ou extremas, faz violência ao significado e unidade da Escritura.[12]

(5)             O dispensacionalismo passa uma visão negativa da igreja[13] Ao dizer que a Igreja é um parenteses na história o sitema escatologico dispensacionalista tira a Igreja de sua verdadeira posição de corpo de Cristo e a rebaixa a uma posição de valor ínfimo.[14] R. B. Kuiper afirmou que o dispensacionalismo moderno despreza a igreja, porque entende e ensina que a ela não é de forma nenhuma importante como é o reino.[15]
“A Igreja não é vista na Escritura como um “parêntese”, mas como o objetivo e propósito de toda a obra de Deus na histórica. Ela é “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Ef. 1:122,23), a “igreja gloriosa” que ele apresenta a si mesmo por toda a sua obra salvadora (Ef. 5. 25-27).”[16]

(6)             O dispensacinalismo faz diferenciação entre Israel e a Igreja[17] - A Bíblia ensina claramente que existe uma continuidade entre o povo de Deus do Antigo Testamento e o povo de Deus do Novo Testamento. Isso pode ser constatado pelo fato da Septuaginta (Bíblia dos Apóstolos), ter usado a palavra ekklēsia para traduzir o termo hebraico qāhāl . Este último termo referia-se à congregação de Israel no Antigo Testemento, mas o primeiro foi usado para designar a igreja do Novo Testamento. Isso mostra a continuidade entre aquela igreja e o Israel do Antigo Testamento.[18]
Outro fator que deve ser observado é o fato de que: “Na igreja apóstolica, a controvérsia a respeito da circuncisão aconteceu somente porque ambas as partes pensavam na igreja como o verdadeiro Israel.”[19] Além disso, Pedro chamou a igreja de “nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9), isto “indica que a igreja do Novo Testamento é hoje o Israel espiritual, o povo de possessão de Deus.”[20]
Keith Mathison concluiu a sua critica à distinção que o dispensacionalismo faz de Israel e a Igreja afirmando: “A distinção dispensacionalista entre dois povos de Deus é biblicamente indefensável. Todos os que são salvos estão em Cristo, e somente aqueles que estão em Cristo são salvos. Não existe outra forma de salvação à parte da união com Cristo no único corpo de Cristo, a igreja – o verdadeiro Israel de Deus.[21] 
(7)             Deus tem um propósito separado para Israel do que tem para a Igreja – Este ensino é contrário as Escrituras, pois elas nos mostram em Efésios 2.14-19 que a barreira de separação entre judeus e gentios foi derrubada e também que Deus reconciliou judeus e gentios consigo mesmo em um corpo por meio da cruz de Cristo. Tudo isso mostra que a ideia de um propósito separado para judeus e gentios é um grande equivoco.[22] O propósito que Deus tem para Israel é que este creia em Cristo e se torne parte da comunidade única do povo redimido de Deus, que é a igreja.[23]  

(8)             A interpretação dispensacionalista do sermão da montanha – Scofield supõe que o Sermão da Montanha aponta para os princípios da era do reino e não tem a ver com a Igreja cristã. Essa interpretação é absurda, porque o evangelho de Mateus além de ter sido para Igreja cristã, também foi escrito numa era cristã. Além disso, Cristo reinterpretou e adicionou elementos à lei mosaica e também ensinou estes elementos para a Igreja, o Novo Israel, durante o Sermão do Monte e não meramente a algum reino ainda distante.[24]

(9)             A quantidade de ressurreição – Os dispensacionalistas acreditam que haverá duas, três ou até mesmo quatro ressurreições,[25] porém esta ideia é em nossa concepção claramente contrária ao ensino bíblico. Tanto crentes como descrentes ressuscitarão em um só momento (At. 24.15).[26]
De acordo com Hoekema uma das passagens mais importantes do Antigo Testamento sobre a ressurreição dos mortos encontra-se em Daniel 12.2 e ela em momento nenhum faz qualquer menção de que a ressurreição dos ímpios e dos justos sejam separadas por um período longo de tempo.[27]
Quando Paulo afirma que “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (Ts 4.16) ele está simplesmente contrastando os mortos em Cristo com os vivos em Cristo e não os mortos em Cristo com os não mortos em Cristo.[28] Gilhermino Cunha assinala que o texto de Tessalonicenses não fala em milênio, e também que “A ressurreição geral vai acontecer, mas os salvos não entram em juízo; os ímpios, sim. São diferentes quanto ao tempo.”[29]

(10)          A concepção de milênio – Os dispensacionalismo ensina que o milênio será literal, porém essa interpretação é equivocada. Craig A. Blaising afirmou que podemos supor que o número é simbólico “mil” é simbólico, visto que os números são usados simbolicamente em todo o Apocalipse.[30] Em nossa concepção o milênio descrito em Apocalipse não deve ser entendido de forma literal, ele aponta para o tempo que abarca o período que vai da primeira à segunda vinda de Cristo.[31]

(11)          O número de vezes que Jesus virá – Os dispensacionalistas acreditam em pelo menos duas segundas vindas (a primeira para e a segunda com os santos). Esta compreensão esta equivocada porque Cristo subiu para o céu uma vez então é estranho de acordo com At 1.11 que ele volte duas vezes.[32] Além disso, não devemos nos esquecer que apesar das Escrituras usar termos diferentes (dia Fp 1.6, revelação 2 Ts 1.7, manifestação 1 Tm 6.14) para apontar a segunda vinda de Cristo, estes termos não devem ser encarados como uma indicação de ocasiões diferentes, mas sim como termos diferentes que se referem a uma única ocasião.[33] A. A. Hodge afirmou que “O advento de Cristo, a ressurreição geral e o juízo final ocorrerão simultaneamente, e serão seguidos imediatamente pela conflagração do velho céu e da velha terra e pela revelação de novos céus e nova terra.”[34]

(12)             A quantidade de Juízos – Os dispensacionalistas geralmente falam em mais de um juízo. Contudo, a Palavra de Deus refere-se a um juízo intitulado de Juízo final (Jo 5.28,29; At 17.31; 2Pe 3.7 e 2Ts 1.7-10). Este será um evento único![35] Mateus 25:31-46 mostra que a vinda de Cristo é acompanhada do juízo geral.[36] Tanto os evangelhos quanto as epístolas expõem uma ilustração unificada da segunda vinda de Cristo, da ressurreição dos retos e dos ímpios bem como do juízo no mesmo dia.[37] Combatendo a ideia de mais de um juízo Louis Berckhof ensinou que é muito difícil interpretar de modo coerente Mt 25.31-46 sem partir do pressuposto de que o juízo a que o texto fala é o juízo universal de todos os homens.[38]
Ronald Hanko assinalou que Mateus 25.32 mostra claramente que esse juízo “... não é de nações, mas sim de cada individuo  e de acordo com as obras dessas pessoas, assim como o juízo de Apocalipse 20. Mateus 25:46 fala de castigo eterno e de vida eterna, como as outras passagens que falam do juízo final.”[39]
“Deus já determinou um dia em que, segundo a justiça, há de julgar o mundo por Jesus Cristo, a quem foram pelo Pai entregues o poder e o juízo. Nesse dia não somente serão julgados os anjos apóstatas, mas também todas as pessoas que tiverem vivido sobre a terra comparecerão ante o tribunal de Cristo, a fim de darem conta dos seus pensamentos, palavras e obras, e receberem o galardão segundo o que tiverem feito, bom ou mau, estando no corpo. O fim que Deus tem em vista, determinando esse dia, é manifestar a sua glória - a glória da sua misericórdia na salvação dos eleitos e a glória da sua justiça na condenação dos réprobos, que são injustos e desobedientes. Os justos irão então para a vida eterna e receberão aquela plenitude de gozo e alegria procedente da presença do Senhor; mas os ímpios, que não conhecem a Deus nem obedecem ao Evangelho de Jesus Cristo, serão lançados nos eternos tormentos e punidos com a destruição eterna proveniente da presença do Senhor e da glória do seu poder.”[40]

(13)             Um arrebatamento secreto – Os dispensacionalistas ensinam que o arrebatamento será um acontecimento secreto, contudo, ao analisarmos os textos que eles citam como sendo a base do “arrebatamento secreto”, podemos observar claramente que tais textos nada indicam de secreto, ao contrário, são textos que apontam para um momento ruidoso e alarmante (1 Ts 4.14-17).[41]


Conclusão:
            Concluímos este trabalho ressaltando que o dispensacinalismo é um ensino escatológico falso que tem consequências na compreensão eclesiológica grave. Além de todos os pontos mencionados acima podemos dizer que o dispensacinalismo é um ensino falho, porque ignora muitos cumprimentos do Antigo Testamento no Novo Testamento, permite um conceito muito pessimista do curso da história cristã e porque parece ensinar que alguns homens terão oportunidade de se arrependerem e crerem em Cristo após a sua segunda cinda.[42]







[1] BENWARE, Paul. Entienda la Profecia de los Ultimos Tiempos. Grand Rapids, Michigan: Editorial Portavoz, 2010, p.93.
[2] SCHWERTLEY, Brian. A Ilusão Pré-Milenista: O Quiliasmo analisado à luz da Escritura. p.11. Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/schwertley_ilusao_premilenista.pdf
[3] ALVES, João. Dispensacionalismo e suas implicações doutrinarias. p.19. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/imp-dispensacionalismo_joao-alves.pdf
[4] BENWARE, Paul. Entienda la Profecia de los Ultimos Tiempos. Grand Rapids, Michigan: Editorial Portavoz, 2010, p.93.
[5] SCHOLZ, Vilson. Princípios de interpretação bíblica: introdução da hermenêutica com ênfase em gêneros literários. Canoas: Editora ULBRA, 2006, p. 227.
[6] TRUJILLO, Jorge L. O Reino Milenial de Cristo. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/amilenismo/reino_milenial.htm
[7] BENWARE, Paul. Entienda la Profecia de los Ultimos Tiempos. Grand Rapids, Michigan: Editorial Portavoz, 2010, p.93.
[8] SCHWERTLEY, Brian. A Ilusão Pré-Milenista: O Quiliasmo analisado à luz da Escritura. p.13. Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/schwertley_ilusao_premilenista.pdf
[9] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, 230.
[10] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, 230.
[11] GARRETT, James Leo Jr. Teologia Sistematica II: Es el  Complemento de Teologia. El Paso: Casa Bautista de Publicacones, p.755.
[12] RUSHDOONY, Rousas Jhon. O perigo da Teologia Dispensacionalista. Disponível em: http://ministerioapologeticobiblico.blogspot.com.br/2011/08/o-perigo-da-teologia-dispensacionalista.html
[13] HANKO, Ronald. Pré-Milenismo e Dispensacionalismo Comparados. p.1. Disponível em: << http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/pre-dispensa-comparados_hanko.pdf>>
[14] SCHWERTLEY, Brian. A Ilusão Pré-Milenista: O Quiliasmo analisado à luz da Escritura. p.11. Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/schwertley_ilusao_premilenista.pdf
[15] KUIPER, R. B. O glorioso corpo de Cristo. p.6. disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/corpo_glorioso_cristo_kuiper.pdf
[16] HANKO, Ronald. Erros Adicionais do Dispensacionalismo. p. 3. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/dispensacionalismo/dispensa-erros-adic_hanko.pdf
[17] CARBALLOSA. Evis L.; CARBALL, Emilio Carballido. Apocalipsis: La consumación del plan eterno. Grand Rapids/ Michigan: Editorial Portavoz, 1997, p.392.
[18] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p.253.
[19] CLOWNEY, Edmund P. A igreja. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p.40.
[20] HOEKEMA, Anthony. In. CLOUSE, Robert G. Milênio: significado e interpretações. Campinas: LPC, 1985, p.99.
[21] MATHISON, Keith. Deus, a Igreja é o Israel Verdadeiro? p.3. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/dispensacionalismo/igreja-israel-Deus_mathison.pdf
[22] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p.236.
[23] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p.237.
[24] CHAMPLIN, Russell Norman; BENTES, João Marques. Enciclopédia de bíblia, teologia e filosofia. Vol.2, São Paulo: Candeia, 1991, p. 188.
[25] BERKHOF, Louis. A História das Doutrinas Cristãs. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1992.  p. 720.
[26] HENDRIKSEN, William. A Vida Futura Segundo a Bíblia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p.187.
[27] HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p.282.
[28] HENDRIKSEN, William. A Vida Futura Segundo a Bíblia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p.206.
[29] CUNHA, Guilhermino. O terceiro Milênio e a Nova Ordem Mundial. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.205.
[30] BLAISING, Craig A. O milênio: 3 pontos de vista. Trad. Vitor Deakins. São Paulo: Editora Vida, 2005.
[31] HENDRIKSEN, William. A Vida Futura Segundo a Bíblia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p.166
[32] HENDRIKSEN, William. A Vida Futura Segundo a Bíblia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p.176,177.
[33] COX. William E. Amillennialism today. Phillipsburg, New Jersey: Presbyterian and Reformed Publishing Co, 1966, p.85-86.
[34] HODGE, Archibald Alexander. Esboços de Teologia. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas.  2001, p. 795.
[35] HENDRIKSEN, William. A Vida Futura Segundo a Bíblia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana,1988, p.208
[36] CLARK, David S. Compêndio de Teologia sistemática. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana. p.357.
[37] SCHWERTLEY, Brian. A Ilusão Pré-Milenista: O Quiliasmo analisado à luz da Escritura. p.5. Disponível em: http://monergismo.com/wp-content/uploads/schwertley_ilusao_premilenista.pdf
[38] BERKHOF, Louis. A História das Doutrinas Cristãs. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1992.  p. 737.
[39] HANKO, Ronald. Apenas um juízo final. p. 1. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/amilenismo/apenas-um-juizo-final-dag_ronald-hanko.pdf
[40] CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. XXXIII. I ,II.
[41] SANTOS, Josué Marcionilo dos. Uma Análise da Doutrina do Arrebatamento Secreto. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/arrebatamentosecreto.htm
[42] GARRETT, James Leo Jr. Teologia Sistematica II: Es el  Complemento de Teologia. El Paso: Casa Bautista de Publicacones, p.759.

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