Introdução
“Conjuro-te,
perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua
manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer
não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão
de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu,
porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.” (2° Timóteo
4.1-6)
Os
versos acima foram escritos pelo apóstolo Paulo e direcionados a Timóteo, um
jovem e aparentemente tímido pastor.[1]
Apesar dos mesmos terem sido escritos há vários séculos atrás, eles continuam
demonstrando a preeminência e a necessidade da pregação fiel da Palavra de Deus.[2]
Observe
que ao falarmos da pregação da Palavra de Deus, fizemos questão de ressaltar
que ela precisa ser fiel! Deste modo a pregação não pode ser um discurso
qualquer ou uma predica destituída de um fundamento e objetivo. A pregação fiel
da Palavra de Deus é aquela que se fundamenta naquilo que o próprio Deus
revelou acerca de Si mesmo na Bíblia e que tem como objetivo maior glorificar a
Deus sobre todas as coisas.
Certamente
existem muitos métodos para se pregar a Palavra de Deus com fidelidade, contudo
o que consideramos mais eficaz é aquele que foi usado por quase todos os
reformadores. A pregação reformada, ou seja, a pregação expositiva a melhor
forma de se pregar a Bíblia Sagrada. Sendo assim, observaremos neste pequeno
ensaio, tanto as características da pregação reformada, quanto às
características do mundo em que pregamos.
É importante falarmos
sobre as características do mundo pós-moderno no qual vivemos e pregamos a
Palavra de Deus porque tais características podem influenciar tanto a forma da
pregação quanto a mensagem em si. Deste modo não nos furtaremos neste ensaio de
apontar também algumas dificuldades da pregação reformada no mundo pós-moderno,
bem como a relevância e necessidade da mesma nele.
O
leitor perceberá então que nosso objetivo não é exaurir o assunto em questão,
mas ratificar que a pregação reformada é fundamentalmente a exposição da
Palavra de Deus, que o pensamento filosófico pós-moderno vigente no mundo é
fundamentalmente anti-Bíblico e pode influenciar negativamente a pregação fiel
da Palavra de Deus. Apontaremos algumas dificuldades da pregação reformada no
mundo influenciado pelo pós-modernismo e por fim ratificaremos a relevância da
pregação reformada no mesmo.
1.
Características da pregação cristã
medieval e reformada.
Nosso objetivo principal não é
estudar a pregação medieval, contudo para que as características da pregação
reformada fiquem mais evidente é necessário abordarmos, mesmo que de forma
condensada, a decadência da pregação cristã naquele período.
1.1
A decadência da pregação cristã durante a
Idade Média.
A pregação cristã praticamente se
tornou um misto de fatos e invenções. Neste período as prédicas se tornaram
mais um meio de promover o poder papal e de arrecadar dinheiro para a igreja do
que a exposição fiel do evangelho. Charles
Terpstra declarou que:
“Durante a Idade Média (aproximadamente 500 a 1500
d.C.) a pregação paulatinamente perdeu seu espaço de primazia, até quase se
perder da vida e obra da igreja nos anos que antecederam a Reforma. Devemos
lembrar que a Idade Média foi um período de gradual, mas firme declínio para a
igreja. À medida que ela crescia em poder e influência mundanos,
decrescia em vigor e influência espiritual. Por vezes se faz referência à Idade
Média como a “Idade das Trevas”. Isso com certeza foi verdade no tocante à
pregação. Os tempos pré-Reforma foram pobres para a pregação.”[3]
Por cerca de mil anos a pregação cristã
foi gradativamente perdendo sua essência. A igreja, de fato crescia numericamente[4],
politicamente e economicamente, contudo no que tange ao aspecto moral e
espiritual, ela era muito decadente! Muito dessa decadência deve-se ao
afastamento da pregação fiel das sagradas Escrituras, pois os missionários
enviados pelos papas eram encarregados não de expor os ensinos bíblicos com
fidelidade, mas sim, de tornar as terras conquistadas obedientes àqueles que os
haviam enviados – os papas.
Estudando acuradamente o período
medieval, constatamos que realmente houve homens que não concordaram e lutaram
contra o caminho degradante que a igreja insistia em seguir. Porém tais homens,
dentre os quais citamos Wycliffe[5], Huss[6] e
Savanarola foram reprimidos e silenciados pela igreja. Apesar de algumas
imprecisões teológicas, podemos dizer que estes homens comprometeram-se em se
aproximar da pregação fiel da Palavra de Deus, porém, eles não foram bem
sucedidos ao tentarem fazer a igreja voltar a compreender Bíblia Sagrada como a
única regra de fé e prática.
1.2
O florescimento e características da
pregação reformada.
Se a idade medieval teve entre tantas características
uma pregação cristã distanciada da Palavra de Deus, a reforma protestante do
século XVI foi caracterizada exatamente pelo oposto, ou seja, ela foi uma volta
da igreja à Bíblia Sagrada e à pregação fiel da mesma. Assim sendo o Dr.
Hermisten Maia declarou: “A reforma teve como objetivo precípuo uma volta às
Sagradas Escrituras, a fim de reformar a Igreja que havia caído ao longo dos
séculos, numa decadência teológica, moral e espiritual”[7].
Tendo em vista que a Reforma protestante nasceu da
leitura da Bíblia Sagrada e retirou seus ensinos da mesma, não é de se admirar
que os reformadores tenham adotado o lema da “Sola Scriptura”, como também
tenham priorizado a exposição da mesma durante os cultos. Deste modo, os
reformadores apesar de não desconhecerem os vários métodos existentes para se
pregar a Palavra de Deus, abraçaram o método da pregação expositiva. Este fato
pode ser constatado ao observarmos os sermões e exposições de livros bíblicos
feitos tanto por Lutero, quanto por Calvino entre outros.
Os pregadores reformados, de modo geral, seguiram os
passos de Martinho Lutero e João Calvino, pois como eles adotaram a pregação
expositiva como forma de proclamar a Palavra de Deus. O historiador e teólogo
Alderi Souza falou do seguinte modo sobre o caráter da pregação dos reformados.
“A pregação reformada é
essencialmente expositiva e doutrinária, visando ensinar a Palavra de Deus de
maneira profunda e sistemática. Mas deve ser também uma pregação experimental e
prática, estando ligada à experiência do pregador e contendo instruções para a
vida diária dos ouvintes. É, portanto, ao mesmo tempo um exercício intelectual
e espiritual. Requer preparo, estudo sério, e também oração, comunhão com Deus.
Isso lembra outra ênfase reformada histórica, que é o sólido treinamento dos
ministros da Palavra, através de uma educação teológica consistente.”[8]
A pregação reformada que é, sobretudo a exposição fiel da
Bíblia Sagrada, tem como característica mais forte a comunicação de um conceito
fundamentalmente bíblico, ou seja, é a conclusão e anunciação de um estudo
feito em submissão ao Espírito, sobre os aspectos históricos e gramaticais de
um texto bíblico.
2.
Características do mundo
pós-moderno.
Depois
da Idade Média o mundo viveu o período do modernismo, agora porém, estamos
atravessando o período denominado de pós-modernismo[9].
Apontar as características do pós-modernismo não é uma tarefa fácil, pois além
deste ser um período muito turvo, ainda temos que considerar o fato de o
estarmos vivendo.
Nosso
desejo nesse momento é apontar apenas três características da ideologia
pós-moderna que influência diretamente o cotidiano no mundo em que vivemos,
para que posteriormente possamos analisar os desafios que as mesmas trazem para
a pregação reformada.
A
primeira e mais forte característica que queremos destacar no pós-modernismo é
o ataque que o mesmo faz à verdade objetiva. O sistema ideológico pós-moderno
não aceita a existência de verdades universais, incondicionais ou atemporais.
Para os pós-modernistas o que existe são “verdades subjetivas”, deste modo o
que é verdadeiro para uma pessoa necessáriamente não tem que ser para outra.
O
sistema de pensamento pós-moderno é fundamentalmente relativista, portanto não
importa quantas provas existem acerca da veracidade de uma afirmação, pois tal
afirmação somente será verdadeira para aqueles que decidirem acreditar nela.
Outro aspecto marcante do
pós-modernismo é a ideia de que a única coisa que realmente importa é a
experiência pessoal[10]. Sendo
assim, as pessoas são estimuladas a buscarem os mais variados tipos de
experiências, com o fim de terem prazer. É possível perceber então nessa
sociedade pós-moderna uma carga muito grande de existencialismo sendo misturada
ao antropocentrismo. O resultado dessa mistura explosiva é a ideia de buscar o
máximo de experiências possíveis, sejam religiosas ou não, pois no final das
contas são elas que conferem sentido no que se acredita. Sendo assim, as
experiências pessoais foram elevadas ao mais alto grau de importância!
A
busca desesperada por novidades exóticas[11] é
a terceira e útima caracteristica que queremos destacar na pós-modernidade. A
sociedade de um é diariamente motivada pela mídia a querer mais e mais
novidades. E como se isso não bastasse, ainda existe uma pressão muito grande
para que as pessoas estejam o tempo todo se transformando em todas as áreas.
Aqueles que não se coformam com essa busca enlouquecida por novidades ou que
não estão dispostos a mudarem continuamente de ideia ou de aparência são
encarados como caretas, antiquados ou preconceituosos. Isso fica claro quando analisamos
alguns programas de televisão, ou algumas músicas que fazem sucessos. Observe
por exemplo a letra de uma música muito conhecida, cujo o título é “Metamorfose Ambulante”. Nessa
música o autor diz que prefere ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela
velha opnião formada sobre tudo, e ainda que quer dizer agora o oposto daquilo
que ele disse antes.
A música mencionada acima
aponta para este desejo reinante na sociedade pós-moderna de romper com as
convicções permanentes e buscar enlouquecidamente novidades.
3.
Desafios da pregação reformada no
mundo pós-moderno.
A pregação reformada tem
enfrentado desafios desde seu surgimento, porém, nas últimas décadas estes
desafios têm crescido assustadoramente.
Certamente uma das razões porque isso tem acontecido é a influência da
filosofia pós-moderna tanto na vida dos membros das igrejas, quanto daqueles
que não pertencem à nenhuma religião.
O
primeiro desafio que a pregação reformada enfrenta é o de continuar existindo
num mundo em que a Bíblia Sagrada cada vez mais é deixada de ser vista como a suprema
Verdade[12] revelada de Deus.
Dizemos isso porque nos tempos pós-modernos nos quais estamos inseridos, o
sermão que é buscado por boa parte dos membros das igrejas não é aquele que
expõe a Bíblia como a verdade objetiva e inegociável.
De um modo geral a
sociedade pós-moderna tem encarado a Bíblia Sagrada somente como uma série de
bons conselhos dentre tantos outros existentes no mundo. Sendo assim, é
possível perceber que os sermões que são apreciados por esta sociedade, são
aqueles tidos como “politicamente corretos”.
Muitos pregadores,
inclusive alguns reformados sentem-se pressionados, por esta sociedade pós-moderna,
a pregarem sermões que agradam ao público independente se tais sermões são ou
não fundamentalmente a exposição da Bíblia Sagrada como a Verdade absoluta,
objetiva e inegociável de Deus. Deste modo, o maior desafio da pregação
reformada é continuar existindo num mundo tão relativista.
Outro
desafio da pregação reformada é o de não ceder a pressão de igualar ou elevar
as experiências pessoais acima da autoridade da Bíblia Sagrada.
As Sagradas Escrituras é a revelação especial de Deus, portanto esta acima de
todas as experiências pessoais.
A reforma protestante do
século XVI adotou como lema o “Sola Scriptura”, isso significa que somente a
Bíblia deve ser encarada como regra de fé e prática. As tradições da igreja, os
sentimentos humanos, as experiências pessoais, etc... devem ser levadas ao
crivo da Palavra revela de Deus. Portanto a ideia do evangelicalismo
pós-moderno de igualar ou elevar as experiências pessoais acima da Bíblia é um
absurdo total!
Por
fim, ainda ressaltamos o desafio da pregação reformada continuar ocupando o
lugar de destaque na liturgia num mundo que busca desesperadamente por
novidades exóticas.
Lamentavelmente a pregação
da Palavra de Deus tem sido relegada a um lugar inferior ao que realmente
deveria ocupar na liturgia cristã. Isso pode ser verificado até mesmo em
algumas igrejas que se dizem reformadas! Elas priorizam a música em detrimento
da exposição bíblica. Buscam desesperadamente novidades para o culto e se
esquecem que o mais importante é ouvir a Voz de Deus através da pregação fiel
da Bíblia Sagrada.
4.
Relevância da pregação reformada no
mundo pós-moderno.
A pregação reformada como vimos,
é a exposição e proclamação da própria Palavra de Deus. Somente isso já seria
suficiente para que a mesma fosse considerada como extremamente relevante no
confrontamento e meio de mudança do mundo pós-moderno no qual vivemos.
Esse confrontamento das ideias e
vãs filosofias existentes neste mundo pós- moderno é extremamente importante,
pois todos nós cristãos fomos exortados pelo apóstolo Paulo a não nos conformar
com este século (Rm.12.1). À medida que não nos conformamos com as ideias
largamente difundidas pelo pós-modernismo e o modo de vida amplamente adotado
pelos adeptos dessa filosofia, somos levados pelo Espírito de Deus a expormos
com mais intensidade e autoridade a Palavra de Deus.
A pregação fiel da Bíblia Sagrada
tal como é a pregação reformada é uma das mais excelentes armas que temos para
lutar pela fé evangélica. Isso pode ser melhor compreendido ao nos lembrarmos
que o apóstolo citado a pouco também nos ensinou que nossas armas não são
carnais, mas são poderosas em Deus para anular sofismas (2Co. 10.4).
A pregação fiel da Palavra
de Deus é relevante neste mundo pós-moderno, porque além dela evidenciar a
existência de uma parte de homens que não se conformam com este século e ser o
meio mais eficaz de confrontar e anular os sofismas, ela também se manifesta
como um meio de graça. Foi assim que os reformadores entenderam a pregação.
Os reformadores encaravam
a pregação fiel das Sagradas Escrituras como o meio pelo qual Deus edifica seu
povo, revelando sua preciosa vontade. Mas também como meio através do qual Deus
pela sua graça inexplicável mostra ao pecador o caminho da salvação. Sendo
assim, podemos afirmar que apesar deste mundo pós-moderno não admitir, ele
precisa cada vez mais das pregações reformadas.
Conclusão
Verificamos
nesse trabalho que a pregação cristã se desviou do seu verdadeiro foco no
período da Idade Média. Isso ocorreu porque os líderes religiosos dessa época
deixaram de encarar as Sagradas Escrituras como estando acima de qualquer
tradição humana. Contudo, vimos também que essa realidade foi rompida pela
reforma protestante.
A
pregação reformada floresceu, mas não sem muitas dificuldades, em nossos dias
por exemplo, ela enfrenta desafios grandiosos, pois a luta para se acabar com a
verdade, a super-valorização das experiências pessoais e a busca constante por
novidades pregadas pelo pós-modernismo são seus maiores oponentes.
Não
devemos ser ingênuos ao ponto de pensarmos que tais oponentes da pregação
reformada abrigam-se apenas nas mentes dos não cristãos. Pensar deste modo
seria desonesto de nossa parte, já que em muitas ocasiões podemos perceber
vestígios dos oponentes da pregação reformada nas argumentações de pessoas que apesar
de demonstrarem em muitos momentos zelo cristão, em outros demonstram que estão
baixando as guardas para o pós-modernismo.
Compreendendo
então os grandiosos desafios da pregação reformada, cabe a cada pregador
compreender também a importância de se começar, continuar, ou de intensificar
esse modo de proclamação do evangelho. A pregação fiel é um dos meios que temos
para fazer frente ao pós-modernismo, para contribuir com a amenização das
tribulações sociais casadas pelas guerras contra as verdades universais. E
sobretudo, é o meio mais eficaz de apresentar a todos os homens, sejam eles
pós-modernos ou não, a mensagem de salvação.
[1] Timóteo era filho de uma mulher
judia, e seu pai era gentio. Vinha sendo instruído nas Santas Escrituras desde
a sua meninice. Ele era natural de Listra e se notabilizou por seu exemplo como
jovem crente (ver Atos 16:2). Desde o princípio de sua vida adulta Timóteo deve
ter demonstrado considerável habilidade como pregador pois era possuidor do dom
profético. Contudo ele era de disposição tímida, porquanto Paulo achou
necessário exortar aos crentes de Corinto a deixá-lo à vontade, não despresando
sua pessoa (ver I Cor.16:10 e 4:17). Cf. CHAMPLIN,
Russell Norman; BENTES, João Marques. Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia. São Paulo: Candeia, 1991, Vol. 6, p.
552-553.
[2]
A respeito da importância da pregação da Palavra
de Deus, Lloyd-Jones escreveu: “(...) a pregação é a tarefa primordial da
Igreja, e, por conseguinte, do ministro da Igreja, (...) tudo mais é
subsidiário a isso (...) Quero dizer, essencialmente que no instante que se
considera a necessidade real do homem, como também a natureza da salvação
anunciada e proclamada nas Escrituras, chega-se forçosamente à conclusão de que
a tarefa primordial da Igreja consiste em pregar e proclamar a verdade,
consiste em apontar a verdadeira necessidade do ser humano, e demosntrar qual é
o único remédio, a única cura para tal necessidade.” Cf. LLOYD-JONES, D. Martin. Pregação e Pregadores, 2a.
ed.. São José dos Campos: Fiel, 2008, p. 19.
[3] TERPSTRA, Charles. A
Reforma: Uma Volta ao
Primado da Pregação. 1 p. <http://monergismo.com/wp-content/uploads/Reforma_Pregacao_CJTerpstra.pdf
>. Acesso em: 1 nov. 2010 hora 19:27.
[4]
A igreja cresceu muito geograficamente no período da Idade Média porque:
“Havia uma grande diferença, (...) entre as missões medievais e as que
conhecemos atualmente (...) Nas modernas missões protestantes, geralmente,
ninguém é recebido à comunhão da igreja sem que apresente evidência da sua fé
em Cristo. Porém, o método das missões medievais era receber a pessoa tão logo ela
concordasse em ser batizada (...) Desse modo, grandes massas foram introduzidas
na igreja (...) Depois quando era possível, era ministrado a elas algum ensino
superficial. Esse método possibilitou uma rápida expansão da Igreja, que
agrupava o seu interior multidões que tinham apenas uma vaga idéia do que era a
vida cristã.” Cf. NICHOLS,
Robert H. História da Igreja Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p.
74.
[5] “John Wycliffe (1330-1384), se
preocupava profundamente com a divulgação da Palavra de Deus. Ele acusou a
pregação de seus contemporâneos, declarando que todos os sermões que não
tratassem das Escrituras deviam ser rejeitados.” Cf. LOPES, Dias Hernandes. A Importância da Pregação Expositiva para o
Crescimento da Igreja. São Paulo: editora CANDEIA, 2004, p.45.
[6] “O que pedia não era a abolição
da igreja institucional, nem ainda a separação entre o sagrado e o impuro
(conforme creram os hussitas posteriores), mas a reforma da igreja baseada no
exemplo de Cristo e na simplicidade apostólica.” GEORGE, Timothy. Teologia
dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 39.
[7] MAIA, Hermisten P. Costa. Raízes da Teologia Contemporânea, São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004, 80.
[8] SOUZA, Matos Alderi de. Aspectos essenciais da identidade reformada.
p. 6. Disponível em:
<http://www.monergismo.org/monergismo/download/aspectos_fe_reformada.pdf
>. Acesso em 1 nov. de 2010, hora 18:48
[9] “Algo que parece ser uma nova
variedade de relativismo epistemológico tem despontado desde as últimas décadas
do século 20. Vem associado com nomes como pós-modernismo e desconstrucionismo.
(...) O nome pós-modernismo se refere ao movimento contemporâneo que rejeita as
crenças supostamente ensinadas por pensadores do iluminismo e por seguidores
das idéias que ajudaram a produzir o movimento que chamamos de modernismo.” Cf.
NASH, Ronald. As Questões
Últimas da Vida. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p.253.
[10] CAMPOS, Héber
Carlos de. O Pluralismo do Pós-modernismo.
disponível em: <http://old.thirdmill.org/files/
portuguese/65396~9_18_01_3-18-18_PM~heber3.htm>.
Acesso em 18 de Nov. de 2010.
[11]GOMES, Isaltino Coelho Filho. A Pós-modernidade, Um Desafio à Pregação do
Evangelho. Disponível em:
<http://www.luz.eti.br/es_aposmodernidadeumdesafio.html>.
Acessado em 18 de Nov. de 2010.
[12] O
evangelista João registrou a oração sacerdotal de Jesus na qual ele falou sobre
a verdade dizendo: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”
(João 17.17)
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