Certamente falharíamos gravemente se nos trancássemos em nossas recâmaras pessoais e continuássemos lá, perpetuamente sobre nossos joelhos. A vida possui outras tarefas, e tarefas necessárias; ao atendê-las podemos render adoração mais verdadeira ao nosso Deus. Parar de trabalhar em nosso chamado a fim de passar todo nosso tempo em oração seria oferecer a Deus uma tarefa manchada com o sangue de muitos outros. No entanto, podemos “orar sem cessar” se nosso coração estiver sempre em tal estado que a cada oportunidade estaremos prontos para a oração e louvor; melhor ainda se estivermos prontos para criar oportunidades, se formos perseverantes a tempo e fora de tempo e preparados para adorar e suplicar a qualquer momento. Mesmo que não estejamos sempre voando, podemos ser como os pássaros em alerta para alçar voo a qualquer hora, sempre tendo asas, embora nem sempre as usando. Nosso coração deveria ser como um sinalizador luminoso em prontidão para ser aceso. Quando a invasão era iminente nos dias da rainha Elizabeth I, pilhas de madeira e material combustível eram dispostos no alto de certas colinas, e os vigias permaneciam preparados para acender as pilhas ao menor sinal de navios inimigos no horizonte. Tudo estava em prontidão. O montão não era feito de madeira úmida, nem precisavam correr em busca de combustível, mas este aguardava apenas o fósforo. O sinal de fogo não queimava sempre, porém estava sempre preparado para atirar suas chamas. Vocês já não ouviram: “A ti, ó Deus, confiança e louvor em Sião!”? Então, que nosso coração esteja preparado para ser incendiado com louvor por somente um vislumbre dos olhos do Redentor; que esteja em chama com adoração prazerosa com apenas um toque daquelas queridas mãos perfuradas. Em qualquer lugar que estejamos, que possamos estar trajados com a vestimenta da reverência e prontos para unir-nos, a qualquer instante, ao trabalho angelical de magnificar o Senhor, nosso Salvador. Não podemos estar sempre cantando, mas podemos estar sempre cheios de gratidão, que é o tecido com o qual os verdadeiros salmos são compostos. (C. H. Spurgeon)
2 Igreja Presbiteriana de Martinópolis
Av. Pe. Jorge Summerer, 440. - Centro, Martinópolis - SP
terça-feira, 23 de dezembro de 2025
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
Ele se humilhou por nós ao ser envolto em faixas.
Ele, que é glorioso e esplêndido, que se veste de luz como se fosse um manto, foi envolto em trapos e fraldas pobres, para cobrir e esconder nossos pecados dos olhos de seu Pai. Sim, ele simplesmente vestiu um saco e se deitou em uma mistura de poeira e terra em um estábulo malcheiroso e sujo para compensar os desejos impróprios de nossos pais, que os afastam do Paraíso, e conquistar a “melhor roupa” para nós – a honra perdida e o manto nobre, a veste nupcial. Ele cumpre penitência em panos de saco e cinzas por causa de nossa arrogância, a fumaça preguiçosa e o cheiro dos pecados e nos purifica do lodo, da lama e do esterco dos pecados, para que não acabemos sentindo o cheiro do enxofre no inferno e o odor do esterco do diabo.
Ele se permitiu voluntariamente ser preso para nos libertar do poder e das correntes do pecado, da morte e do diabo para compensar e pagar pelo que Adão e Eva foram culpados quando desfrutavam da liberdade e estenderam as mãos para alcançar o fruto proibido, para não sermos constrangidos pelo diabo e presos pelas amarras do inferno e pelas correntes das trevas.
Embora esteja por todo o céu, o mesmo não se agarrou a ele. Em vez disso, rendeu-se e se acomodou em um pequeno berço desconfortável como se fosse um prisioneiro. E o Senhor dos senhores se humilhou tão intensamente que se permitiu deitar junto ao gado no estábulo, com a intenção de nos salvar das nossas algemas de prisioneiros e conquistar para nós os quartos celestiais para ali morarmos. Ele compensou nosso orgulho, através do qual nos tornamos gado e animais selvagens, e nos leva à glória celestial com ele, para que também sejamos revelados ao seu lado em glória e carreguemos conosco a semelhança com o povo celestial, assim como carregamos a semelhança terrena. (JOHANN BAUMGART)
Deus pode usar até mesmo um tirano para cumprir seus planos.
"Desse modo, vemos que, mesmo que algumas vezes os servos santos de Deus não saibam para onde estão indo, permanecem no caminho certo, pois Deus direciona os seus passos. A providência divina é igualmente maravilhosa ao usar uma ordem de um tirano para tirar Maria de casa e cumprir a profecia. Como veremos em breve, através de seu profeta, Deus já havia escolhido o lugar em que seu filho nasceria. Se Maria não tivesse sido obrigada por causa de uma exigência, ela teria decidido ter seu filho em casa. Augusto ordena um censo para ser realizado na Judeia, em que cada pessoa deveria dar seu nome e posteriormente pagar um imposto anual, que já estava acostumada a pagar a Deus. Dessa maneira, um homem ímpio toma para si o que Deus estava acostumado a coletar de seu povo. Foi como se ele tivesse proibido os judeus de escolherem ser considerados o povo de Deus." (João Calvino)
Jesus Cristo é a fonte de toda luz e vida espiritual.
"O Senhor Jesus Cristo é a fonte de toda luz e vida espiritual. João diz que “a vida estava nele, e a vida era a luz dos homens”. Ele é a fonte eterna, e somente dela os filhos dos homens têm recebido vida. Provinham de Cristo toda luz e toda vida espiritual que Adão e Eva possuíam antes da Queda. Era inteiramente procedente de Cristo toda e qualquer libertação do pecado e da morte espiritual, experimentada por qualquer filho de Adão, desde a Queda; igualmente, provém de Cristo qualquer iluminação de consciência ou entendimento obtido desde então. Em todos os tempos, a maior parte da humanidade tem-se recusado a conhecê-lo, esquecendo-se da Queda e da necessidade de um Salvador pessoal. A luz tem constantemente resplandecido “nas trevas”, e a maioria dos homens não a tem compreendido. Mas, se qualquer um dos incontáveis seres humanos — homens e mulheres — já recebeu luz e vida espiritual, deve tudo isso a Cristo." (J. C. Ryle)
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
O governo providencial que o Senhor Jesus exerce no mundo
O coração do crente deve sentir-se confortado ao se lembrar do governo providencial que o Senhor Jesus exerce no mundo. Um verdadeiro crente jamais deve sentir-se inquieto ou assustado por causa da conduta dos juízes deste mundo. Deve, sim, com os olhos da fé, contemplar uma Mão que supervisiona tudo o que eles fazem, fazendo tudo convergir para o louvor e a glória de Deus. Deve considerar todo rei e potestade — César Augusto, Quirino, Dario, Ciro, Senaqueribe — uma criatura que, a despeito de todo o seu poder, nada pode fazer, a não ser o que Deus permite, e que há de cooperar para o cumprimento de sua vontade. E, quando os poderosos deste mundo puserem-se contra o Senhor, o crente deve confortar-se com estas palavras de Salomão: “O que está alto tem acima de si outro mais alto” (Ec 5.8). (J. C. Ryle)
sábado, 29 de novembro de 2025
Quando os homens caminham com Deus
E creio que quando os homens caminham com Deus e vivem próximos de Deus, eles possivelmente, mesmo sem estar conscientes disso, falam palavras muito pesadas que terão muito mais peso em si do que esses próprios homens podem reconhecer. […] Assim foi com Abraão. Ele falou como um profeta de Deus enquanto, de fato, falava com seu filho na angústia de seu espírito — e em sua declaração profética, encontramos a síntese e a substância do evangelho: “Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho”. O Senhor é o grande provedor e Ele provê a oferta, não apenas para nós, mas para si mesmo, pois o sacrifício era necessário tanto para Deus como para o homem. E é um holocausto, não apenas uma oferta pelo pecado, mas uma oferta de cheiro suave para Ele mesmo. {C. H. Spurgeon, Bíblia de Estudos e Sermões de C. H. Spurgeon}
Embaixador da corte celestial
O cristão é um cidadão do céu e após ser salvo é retido aqui neste mundo com a capacidade de ser uma testemunha. Ele é um peregrino e um estrangeiro, um embaixador da corte celestial. Em sua oração sacerdotal, Cristo não somente disse que os salvos não são deste mundo, como Ele próprio não era deste mundo, mas que Ele os havia enviado ao mundo como o Pai o mandara ao mundo. Eles estão comprometidos com a palavra da reconciliação e eles são aqueles a quem a Grande Comissão foi confiada. Após morrer pelos perdidos, não poderia haver outro desejo ou propósito maior no coração de Cristo do que o de ver o seu Evangelho proclamado para aqueles por quem Ele morreu. O pastor é um líder divinamente designado e um mestre na promoção deste empreendimento. {Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática}
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Ofício sacerdotal de Cristo
O tema do ofício sacerdotal de Cristo ocupará a maior parte da Carta aos Hebreus, e é uma mensagem que devemos entender se queremos ser salvos. Jesus realiza o ofício sacerdotal porque oferece o verdadeiro sacrifício que remove o nosso pecado. Sobre isso o anjo já anunciara a José antes do nascimento de Jesus: “e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Sim, Jesus reina em nós pelo seu Espírito, e dirige-se a nós como Profeta através do evangelho. Mas isso é possível porque como Cordeiro de Deus ele entregou a sua vida por nossos pecados, fazendo a purificação por nós na cruz. Então, como verdadeiro e definitivo Sacerdote, foi para os céus apresentar seu próprio sangue a Deus para assegurar nosso pleno, perfeito e definitivo perdão.{Richard D. Phillips, Estudos Bíblicos Expositivos em Hebreus: Como Enfrentar os Desafios e Armadilhas do Mundo Confiando na Supremacia de Cristo}
Precioso Sangue
No tempo dos filhos de Coré, autores do Salmo 49, havia muitos homens ricos que confiavam nas suas riquezas para fazer o que quisessem. Observe que, no verso 6, o salmista fala dos homens “que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam”. No entanto, o argumento do salmista é: por mais rico que um homem seja, não pode resgatar ninguém das mãos de Deus. O preço de uma alma é elevado demais! Não há esperança de qualquer ser humano poder pagar o preço dela. Spurgeon diz que, “quando a morte chega, a riqueza não pode suborná-la; o inferno se segue, e nenhuma chave de ouro pode destravar as suas masmorras”. A Escritura afirma que, na redenção do pecado, não entra na conta o dinheiro. Por isso, Pedro diz: “… não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue…” (1Pe 1.18,19). Somente o sangue de um Cordeiro imaculado pode resgatar, e esse preço é caríssimo. Somente um Redentor divino-humano pode pagá-lo. {Heber Carlos de Campos, A União das Naturezas do Redentor}
O conhecimento da Palavra de Deus
Nenhum substitutivo jamais será encontrado para o conhecimento da Palavra de Deus. Somente essa Palavra trata de coisas eternas e infinitas, e ela somente tem poder para converter a alma e desenvolver uma vida espiritual que venha honrar a Deus. Há um conteúdo espiritual ilimitado; todavia escondido, dentro da Bíblia que contribui muito para o seu caráter sobrenatural. Este conteúdo espiritual nunca é discernido pelo homem natural (ψυχικὸς), ou o homem que não foi regenerado (1 Co 2.14), ainda que ele tenha atingido o mais alto grau de aprendizado ou autoridade eclesiástica. As capacidades naturais da mente humana não funcionam na esfera das coisas espirituais. A mensagem divina é apresentada “não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo cousas espirituais com espirituais” (1 Co 2.13), e o Espírito foi dado aos regenerados para que eles pudessem “conhecer o que por Deus nos foi dado gratuitamente”. {Lewis Sperry Chafer, Teologia Sistemática, org. Juan Carlos Martinez, trad. Heber Carlos de Campos, 3a edição, vol. 1 (São Paulo: Hagnos, 2013)}
terça-feira, 7 de outubro de 2025
A verdadeira religião é algo pessoal.
A verdadeira religião é algo pessoal. Cada homem, com um talento ou com dez, será chamado, no grande dia do juízo, a prestar contas de suas próprias responsabilidades, e não das de outros. E, portanto, ele deve viver perante Deus... (C. H. Spurgeon)
A palavra dura suscita a ira.
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Provérbios 15.1)
Este versículo funciona como uma sequência esclarecedora para 14.35. Por um lado, instrui o oficial a desviar o furor do rei com uma resposta branda e, por outro, adverte o rei a não usar palavras pungentes em sua fúria contra a incompetência, a fim de evitar a ira destrutiva (veja 16.14). Esse provérbio antitético implica que o discípulo tem controle emocional para dar uma resposta gentil e branda, não dura e dolorosa, num diálogo cheio de potencial para a manifestação da raiva. O autocontrole é necessário a fim de desviar e não incitar emoções possivelmente danosas e insensatas que destroem as relações sociais. (Bruce K. Waltke)
terça-feira, 2 de setembro de 2025
Dogmas e Credos
A tendência do pensamento moderno é rejeitar dogmas, credos e todo tipo de limite na religião. Pensar de modo nobre e sábio é não condenar qualquer opinião que apareça, e declarar que os professores mais sérios e inteligentes são fidedignos, não importando o quanto suas opiniões possam ser heterogêneas e mutuamente destrutivas. Tudo, ironicamente, é verdadeiro e nada é falso! Todos estão certos e ninguém está errado! Provavelmente todos serão salvos e ninguém será perdido! (J.C. Ryle)
O amor cristão exige que andemos na verdade (2Jo 2.6) e que não nos tornemos cegos ao erro. Porque eu prego e informo, minha pregação tem que estar apoiada, de uma forma responsável, na Palavra de Deus. E a de todos os pregadores também. (John MacArthut Jr)
Para aqueles de nós que pretendem seguir Jesus Cristo
Para aqueles de nós que pretendem seguir Jesus Cristo, a exigência central do Novo Testamento deve dominar sua vida: a proclamação mundial do evangelho. Ele nos diz que Jesus de Nazaré foi o filho de Deus encarnado que morreu na cruz para expiar os pecados do mundo e ressuscitou corporalmente. Essa mensagem deve ser apresentada às pessoas, principalmente porque é verdadeira e não porque funciona, embora os benefícios práticos de conhecer Cristo sejam certamente importantes. Como seguidores do exemplo do Novo Testamento, devemos apresentar o evangelho como uma mensagem racional a ser acreditada, e devemos defendê-la contra objeções. (J. P. Moreland)
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